sexta-feira, dezembro 21, 2007

matar, não matam.
mas que desmoralizam, desmoralizam.
lá começa um gajo a beber porque parece a atitude mais indicada, na altura.
copo aqui, copo ali, dança para aqui, dança para ali e, quando damos por nós, bem...já não damos por nós.
e continua-se a beber porque a vida nos corre bem, e continuamos a dançar porque, apesar da música ser uma merda, temos sempre de dar ser aquele look que até sabemos o que estamos a fazer.
e lá vai mais um copo, porque,agora, já não estamos a celebrar, mas aquele cigarro nos deixou com uma sede danada.
se calhar, não se pede água porque é muito cara nas discos. pedimos algo com alcool porque, já que temos sede, pedimos algo que nos deixe com um sorriso nos lábios.
dança-se mais um bocadinho e já nem sentimos as poucas horas de sono que tinhamos em cima.
afinal de contas, já que não dormimos ontem, também não há mal de não dormirmos hoje.
olha, mais um copo que daqui a pouco vou embora e não quero ir para casa com sede.
é que lá não há cuba libre e eu não gosto muito de misturas.
e lá dançamos mais um bocadinho.
será que estamos bebedos?
será que estamos a fazer figuras?NÃO.
somos os reis do mundo e os reis do mundo fazem o que querem.
olha ela.
vou meter conversa.
mas se calhar, é melhor ir beber algo primeiro porque não gosto de me meter com ninguém coma garganta seca.
e de repente, AI, se calhar, este último copo fez-me mal.
o que será que meteram lá dentro?
é que o mundo está a andar à volta.
espera, o mundo está a andar à volta e eu estou no meio...
fixe, já me sinto especial outra vez.
e lá vamos nós, numa dnça exótica. espera, não é exótica, mas o chão mexe.
estes construtores inventam cada coisa para nos dificultar a vida... assim, ainda caio. e depois, como é?
pois, parte um gajo uma perna e lá temos que levar aquilo para tribunal.
é chato.
estes gajos gostam é de nos dificultar a vida. assim, nunca mais chego ao outro lado da sala.
se calhar, é melhor beber qualquer coisinha porque o caminho parece ser longo.
imagine-se lá se me dá a sede no caminho. teria de voltar atrás e com este chão a mexer-se por debaixo de mim, é perigoso.
ainda caio.
o melhor é mesmo beber um copo...

quinta-feira, dezembro 20, 2007


quais são as minhas probabilidades?

who cares?

sinceramente, se nós estamos nesta vida, que acaba por ser miserável, devemos estar aqui pela viagem, pelas sensações, por aquilo que nos faz correr.

então se não der certo?

e se o plano não funcionar?

então, e se acabar por me foder?

bem, é fácil: fodi-me, lixei-me, tombei.

mas será que devo desistir de algo só pelo facto de poder falhar?

meus amigos, não é assim que funciona.

não é a isso que se chama viver.

pá, vamos à luta, por muito dificil que possa parecer.

e se for um esforço inglório?

bem, desde que morra de pé...

perdoem-me lá o excesso, mas...




...BOLAS QUE EU SOU BOM!!!

terça-feira, dezembro 11, 2007


parei, olhei-me no espelho, e não me reconheci.

sei que era eu naquele reflexo, sei que era a minha cara, mas já não era o eu que eu me lembrava de ser.

não sei quem era aquela pessoa que estava à minha frente.

não sei quem é esta pessoa em que me tornei.

já não sou eu, já não sou aquilo que os outros pensam que eu era.

já não sou.

não consigo perceber o que aconteceu para não me reconhecer.

não consigo perceber como mudei tanto.

não consigo perceber o que é que aconteceu para eu me tornar assim.

aquele ser que eu vi não é a pessoa que eu já fui.

já não há sonhos,

já não há esperanças,

já não há a alegria de simplesmente viver.

não sei o que fiz para acontecer isto, não sei quando é que fiquei assim, não sei como é que me posso ter tornado nesta figra que nem eu reconheço.

será que alguém sabe?

será que alguém o fez por mim?

será que alguém o fez a mim?

não sei, não quero sequer pensar nisso.

mas sei que já não sou o pateta que fui, não sou o sonhador que fui, não sou o apaixonada que fui.

dizem que "a fénix renasce".

esqueceram-se foi do facto que nem sempre as pessoas renascem para melhor...

de facto, provavelmente, renasci.

provavelmente, surgiu alguém novo, há tempo atrás.

provavelmente, ergueu-se outro ser no lugar do antigo.

mas não gosto desse ser. fico chocado com ele. fico abismado com os sentimentos que ele sente.

não é boa pessoa. não é um gajo porreiro.

é prático, é directo, é frontal, é sarcástico,

mas não sou eu.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

e o que é que eu faço da minha vida?
que rumo devo eu tomar?
o que me aconselhas?
projectei todos os caminhos, analisei todas as hipóteses, revi todas as vias possíveis.
e onde é que isso me deixa?
na mesma, se um destini, sem uma solução, sem uma alternativa favorável.
faça A, ou faça B, estou fodido, estou lixado, perdi.
qualquer caminho que eu tome está condenado.

terça-feira, dezembro 04, 2007


às vezes, vemos fantasmas.

eles existem, andam entre nós.

às vezes, assombram-nos.

não me refiro a almas daqueles que morreram.

refiro-me às coisas do passado que aparecem para nos atormentar.

esses fantasmas do nosso passado aparecem e vão.

não lhes podemos dar grande importância, mas sabemos que eles pairam à nossa volta.

é esse o grande problema do Homem: ser perseguido pelo seu passado, por essas lembranças que já pensava esquecidas e por aqueles que julgava já não existirem.

eles aparecem e vão.

mas enquanto aparecem , lá que fazem o seu estrago, lá trazem a memória, lá nos estragm o dia.

nem todos os fantasmas são maus, nem todos os fantasmas nos assombram.

alguns, trazem boas recordações, trazem a frescura de momentos felizes, trazem um sorriso de quem, também para eles, somo nós os fantasmas da sua vida.

todos temos esses fantasmas. nem só os temos maus, mas também os devemos ter bons.

é claro que, se pensarmos profundamente, são mesmo os maus que nos assolam.

será que esses portadores de memórias sofridas são os fantasmas, e aqueles que nos trazem a sensação de uma felicidade passada, os espíritos?

não sei bem, mas não creio.

nem todos os fantasmas nos podem trazer apenas o sofrimento de outros tempos, nem todos os espíritos nos trazem a felicidade de uma diferente era.

todos tem um pouco de tudo. a única coisa que pode variar é a intensidade do sentimento ido que eles trazem.

são todos fantasmas.

e, contudo, na verdade, fantasmas somos todos nós.

domingo, dezembro 02, 2007

lição de hoje: a representação do autor

num comment a um destes posts que cá "vomito", um(a) leitor(a) anónimo(a), deixei-me umas pequenas questões, com o conselho de fazer sobre elas um post.
bem, caro(a) anónimo(a), desafio aceite.
escreveu esta personagem "(nas relações)nada é fácil... mas representar um papel dificulta a coisa...será k representas?será k deste tudo? não cabe a mais ninguem do k tu próprio responder a isto... ".

Bem, agora, vamos lá deixar que as minhas palavras façam destas questões alguma coisa de jeito.

falando em relações, deixou-se explícito que representar papéis dificulta as coisas.
partindo daqui, acho que todos concordamos.
na verdade, se nas relações, em certas alturas, e agora é a parte mais ordinária, a representação de papéis acaba por ser benéfica, a verdade é que, quando representamos um papel, fora desses paramêtros, acabamos por erguer uma máscara que não permite à outra pessoa conhecer-nos com o realmente somos.
às vezes, porém, também nos temos de lembrar de uma coisa: há muitas pessoas para quem representar um papel é efectivamente uma forma de estar, já faz parte dessas pessoas. eu sei, já andei com pessoas assim...
~mas agora, indo à parte mais intimista que o(a) leitor(a) queria saber: "será que eu represento?"
bem, eu admito que não é uma coisa fácil de responder. talvez porque nem eu sei se represento, ou não.
pensando bem, e no que faço na minha vida, em todos os seus aspectos, terei que admitir que depende.
na verdade, todos nós representamos uma qualquer, ou várias personagens.
vá, admitamos, quando nos abordam na rua a pedir informações e nós somos muito simpáticos com a pessoa, estamo-nos um bocado a cagar para se essa pessoa dá com o sítio, ou não. aqui está uma personagem: " o sujeito prestável".
quando estamos em alguma esplanada, depois do empregado nos ignorar durante meia-hora, finalmente nos atende e nós pedimos "um café, se faz favor", aqui está outra personagem: " o tipo educado". nós não queremos pedir com delicadez. estamos fodidos com o gajo, mas somos cínicos porque fica bem.
bem, assim , também eu posso dizer que represento.
na verdade, eu eu represento muitas personagens: sou o sujeito simpático quando dá indicações, sou o sujeito que, quando está a trabalhar, se transforma num convencido porque, efectivamente, o trabalho se fez e de forma muito bem feita.
obviamente que, quando estou intressado numa rapariga, sou um sujeito simpático e disponível.
mas agora, questiono-me: "são isto personagens, ou serão apenas formas de agir diferentes porque estamos perante situações diferentes?"
bem, tenho de admitir. não são personagens, são estados de espírito diferentes porque não conseguimos agir sempre da mesma forma perante todas as situações.
mas enfim, se calhar , até já me estou a afastar um bocadinho do tema principal que acredito ser a dúvida se o autor deste modesto blog representa, ou não, nas relações.
bem, aqui posso ser muito sincero:NÃO, não represento nas relações.
na verdade, e se me permitem a redundância, deve ser a única altura da minha vida em sou realmente verdadeiro.
muitas vezes, isso pode magoar a outra pessoa, porque, vá, ser verdadeiro, acaba por ser cruel para alguém que, às vezes, só quer mesmo aquelas coisas com piada que as mulheres tanto gostam como, vá, que nós entremos em certos joguinhos que nós não temos paciência. depois cahteiam-se.
claro, não se faz isso quando se está realmente apaixonado, mas isso deve-se ao facto de, nessas alturas, nada nos irrita.
mas a verdade, é que, tam,bém, quando estamos muito apaixonados por um certo tipo de pessoas, a verdade, é que, sejamos nós próprios, ou uma personagem, acabamos sempre por levar por tabela.
vejam o caso de a outra pessoa ser incrivelmente desconfiada, insegura e ciumenta( também já me aconteceu).
bem, nesse caso, o que acontece é que, por muito verdadeiros que sejam quando dizem que querem ficar com essa pessoa, que a amam e que é a unica, na verdade, isso vai cair em saco roto.
ela não vai acreditar.
se lhe juramos, a pés juntos, que é a única pessoa que nós queremos, vai haver cenas de ciumes à mesma.
se nós garantimos que nunca acntreceu nada, na verdade, na cabeça dela, aconteceu e não ha como provar em contrario.
nestas relações, ha sempre duas formas de ver as coisas, ou melhor, duas alternativas e uma conclusão. nas alternativas, podemos sempre representar, e, dessa forma e de ouras, estar a enganar a pessoa com quem estamos, ou, na segunda alternativa, podemos ser verdadeiros, ser nós próprios e desejar que a outra pessoa nos veja como somos, como aquilo que está à frente dela.
é claro que, caso estejamos face a uma pessoa desconfiada como aquelas que eu descrevi em cima, de uma forma, ou de outra, só existe uma conclusão:"ele está a mentir".
depois, essas pessoas, e são as únicas que o fazem, perguntam-me se estoua representar.
espero ter respondido às questões que me foram colocadas.