terça-feira, outubro 28, 2008

profundos desejos fúteis de um romântico coração de pedra socialista com uma pequena queda para o capitalismo selvagem...

não sei bem o que vai acontecer na minha vida. tenho um plano,mas, esse, está sempre a mudar...
de qualquer forma, lá me vou apercebendo que sempre há momentos que, apesar de não estarem no plano, ou não terem sido planeados para acontecerem daquela forma, roçam a perfeição.
assim, apercebi-me que quero mais desses momentos, que quero viver mais, que quero só mais um bocadinho de qualidade de vida.
não devo estar a "inventar a roda" quando digo que todos gostamos de pequenos luxos.
nada de especial. há mesmo quem ache que isso é cumprir os sonhos.
não sei se é isso, mas há coisas que, apesar de não me fazerem feliz, seriam capazes de me pôr um pequeno sorriso nos lábios. e dos lábios é que vem a felicidade. afinal de contas, ninguém gosta de alguém carrancudo.
sou feliz com o que tenho, mas não consigo deixar de pensar, pelo descrito supra, que podia ser um bocadinho melhor.
são aquelas pequenas nuances.
is it bad to get what you want?
acho que não.
por isso é que nos levantamos todos os dias e lutamos por algo.
se não o fazemos, deviamos...

segunda-feira, outubro 27, 2008

citação do dia II

"-és feliz?
-depende da temperatura..."


citação do dia:

"meu caro, nós temos um entendimento com Nossa Senhora de Fátima.
nós não tratamos maleitas e ela não trata de impostos..."

segunda-feira, outubro 20, 2008

No topo do mundo... :)


há dias bons.há dias em que me levanto, cheio de energia, faço a barba, tomo banho, limpo o espelho e, ao olhar para lá, me sinto instanteneamente bem por ser eu próprio.

há dias em que sabe bem, chegar à garagem, pegar no meu "cavalo branco" e rumar pela via rápida, ainda sem carros para o trabalho e sentir que, logo que saio daquele elevador, estou a ajudar alguém. ok, talvez não esteja a ajudar os pobres e desfavorecidos, mas sabe bem ajudar na mesma... :)

há dias em que nos sentimos bem. que chegamos a casa, deitamos a mala para um canto, o fato para o outro, vestimos um fato-de-treino e nos sabe bem correr, suar, deitar tudo cá para fora e cair de cansado, mas, ao mesmo tempo, sentir que ainda há energia para correr mais vinte.

há dias em que parece que o grupo de amigos nunca mais acaba, que não me consigo sentir sozinho, desde os dias de semana até à agitação do fim-de-semana em que nunca sabemos onde vamos para a seguir...

há desses dias em que me sinto bem na minha pele, que me sinto no topo do mundo e ainda a caminho de algo mais alto.



há dias bons...

estes tem-no sido, concerteza!!!




sábado, outubro 11, 2008


o meu menino fez anos.

a maior parte das pessoas. pronto...ok... ninguém percebe realmente a minha fixação com o meu carro.

as pessoas não percebem porque é que adoro tanto o meu carro, apesar de ser branco, e porque é que não faço como todos os outros e compro um carro novo, ou semi-novo, que me dure alguns anos para, depois, trocar por outro exactamente no mesmo esquema.

também já devo ter ouvido todas as piadas possíveis acerca do meu carro e é rara a pessoa que não entre lá dentro sem dizer uma graçola (se calhar, com essa atitude, deixam de entrar...).

pois bem, eu não os percebo e eles nem tentam perceber-me a mim.

pois bem, eu não percebo a piada de ter um carro mais novito que não é aquilo que queremos que nos vai aguentar por uns anitos, sem ser nada de especial, e, depois, arranja-se outro carrito no mesmo esquema que nos vai aguentar mais uns anitos e por aí continuam...

pá, eu não consigo pensar assim. eu não consigo, sequer, pensar em livrar-me do meu carro.

isso é aplicar aos carros a filosofia do mcdonalds.

pá, não posso pensar assim.

um carro, acreditem ou não, é capaz de ser a coisa que mais está presente na nossa vida.

é aquilo que nos acompanha para todo o lado, que nos acompanha nas viagens lisboa-porto, com o rádio ligado, sem se queixar da velocidade excessiva.

o carro é aquela coisa que está presente na altura de mudar de casa e levar as tralhas todas.

querem um exemplo mais gritante?

quantas namoradas( ou namorados) é que já tiveram que aguentassem mais tempo convosco do que o vosso carro? ah, pois é... bébés...

e por que é que eu não me posso fazer acompanhar por outro carro?

é fácil, o meu menino reflecte quem sou.

o meu menino é como eu: original. não há outro como ele e, acreditem, é muito bom ser único.

não há outra pessoa que os outros reconheçam tão rapidamente através da presença de um simples carro estacionada em qualqer sitio do que eu.

eu adoro o meu carro e não o troco. talvez compre outro, mas este fica comigo. não para os filhos e netos. é meu, o meu menino, o meu companheiro e aquele que amplia a minha presença original. e foi por isso que andei cinco anos à procura dele.

e este mês, o pequenito está mais crescido, está mais distinto,está um passo mais perto de se tornar o clássico que merece ser.



happy 21st...


quinta-feira, outubro 09, 2008

tinhas razão


alguém, certo dia, me falou de uma teoria.

fazia algum sentido, apesar de nenhum de nós percebermos muito bem the point.

contudo, fazia sentido.

era algo sobre as coisas acabarem.

as partes decidem (ou uma decide), vai cada um para seu lado e ficamos por ali.

faz sentido. afinal de contas, se acabou, porque raio é que não iria cada um para seu lado?

é que nem faria sentido ser de outra forma.

pá, e não é mau. afinal de contas, já lá dizia castelo branco (o vergílio. não o josé) que "a morte de amor é coisa que um tal de garrett inventou"... e não é que o homem ( que vá, convenhamos, também tinha uma legitimidade daquelas para dizer isso, mas...) até estava certo?

mas enfim, não me desviando muito do assunto.

as pessoas continuam. fazem a sua vida, às vezes bem, outras nem tanto, mas vão vivendo.

são bons estes intervalos.

é nessas alturas que as pessoas olham mais para o que está à sua volta e, depois de um sofrimento que é sempre compreensivel ,as que acaba por passar, acontece.

lá vem, de tempos a tempos, depois de já não haver mais nada, um "eu estou aqui".

já repararam no quão verídico isto é?

lá no fim de um mês que já não lebra a ninguém, depois de não se estar à espera de rigorosamente mais nada, lá vem um telefonema, uma mensagem, porra, até um e-mail, só a dizer "ola, ainda ando por aqui...".

não percebo qual é o objectivo disto.

afinal de contas, não se diz aí, se pensarem, nada.

não há ali sentimento, não há preocupação. se respondermos, nem uma resposta de volta há.

não serviu para nada, a não ser para nos lembrar que ainda existe.


pensando nestas coisas, tenho de me virar para ti e dizer-te que tinhas razão, assim como eu também estava certo quando te expliquei que servia esse acto para "marcar o território".

domingo, outubro 05, 2008

mudanças











todos acabamos por mudar.




uns para melhor. outros, bem, para algo que não melhor.




é a lei da vida e poucas são as pessoas por quem esse fenómeno de mudança passa ao lado.




afinal de contas, se olharem para as vossas fotos de há dez anos atrás, vão reparar que, apesar de continuarem a ter a vossa imagem, ela mudou.




seja porque já não se usam aquele tipo de calças, seja porque mudaram o penteado (falando a sério, não usem o mesmo penteado por dez anos seguidos. isso não é parar no tempo. é morrer para o mundo...), seja porque, pura e simplesmente, não há grande coisa a fazer em relação ao aperecimento das rugas e dos cabelos brancos, ou à queda dos mesmos...




às vezes, mudamos porque nos apetece. evoluímos, ou regredimos, porque a dada altura da nossa vida tomamos a decisão de ser um pouco diferentes.




outras vezes, mudamos por motivos profissionais. provavelmente ninguem nos vai levar muito a sério naquele escritório se continuarmos a usar o cabelo comprido que usavamos no tempo de faculdade enquanto nos vestíamos todos de preto. não sei.




depois, há sempre uma terceira via dos factos que nos levam a mudar, relativamente relacionado com o segundo motivo: a sociedade em que nos inserimos.




pensem bem, há duzentos anos atrás, os homens usavam todos cabelo comprido. aqueles que já não tinham cabelo (acontece a todos) usavam peruca. era fashion, era moda, era a época.




com os tempos, foram as modas mudando e lá foram os homens cortando o cabelo cada vez mais curto.




não porque gostavam ou deixavam de gostar.




era o conceito sócio-económico em que se inseriam.




ora, se até agora estava a cingir o meu post à mudança de penteados, na verdade, o que eu estou a escrever é algo sobre a mudança que nos afecta a todos.




afinal de contas, as coisas mudam e as pessoas mudam com elas.




o sujeito que há vinte anos atrás entrava numa discoteca com fato amarelo e camisa cor-de-rosa, provavelmente, ou não, nos dias de hoje já leva umas cores mais sóbrias. mudou, talvez porque não quisesse, mas porque a sociedade assim o obrigou.




e bem, não são apenas as pessoas que mudam.




muda tudo.




mudam as casas que habitamos, mudam os carros que conduzimos (com excepção do meu...), mudam até as marcas a que nos habituamos.




que o diga o simpático bonequinho que encontramos quando nos dirigiamos ao multibanco, sempre sorridente, a piscar os olhinhos enquanto nos indicava que queria que inserissemos o nosso cartão para que ele nos pudesse dar o rico dinheirinho.




pois é. fruto da sociedade em que vivemos e do meio perigoso em que o bonequinho do multibanco se movimenta, o bonequinho perdeu algumas das suas caracteristicas. está mais simples, sem tantos detalhes. provavelmente porque já não tem tanta liquidez (crise financeira?) e, como se não bastasse, tem agora o coitado os dois braços no ar, já se preparando para ser rapatado, mais uma vez, enfiado na mala de uma qualquer carrinha topo-de-gama que acabou de trocar de detentor por carjacking, assaltado e, por fim, abandonado numa qualquer valeta, sozinho e indefeso.




sinais dos tempos, tempos dificeis.

quarta-feira, outubro 01, 2008

lool


"Uma empresa de vestuário japonesa inventou a solução ideal para homens e mulheres demasiado ocupados para irem à lavandaria a seco: um fato de lã Merino que pode ser lavado no chuveiro. Numa altura em que se encontram já disponíveis nas lojas fatos laváveis à máquina e “non-iron”, o Konaka Group afirma que a sua gama Shower Clean é única. No website da empresa nipónica estão disponíveis as instruções que lhe permitem dominar a técnica de limpeza perfeita, bem como fotografias que orientam mesmo os mais inexperientes em assuntos domésticos.

Os fatos podem ser lavados no decorrer de um duche quente (a 40o C) sem detergente e não necessitam de ser passados a ferro. Deverão ser colocados do avesso, colocados num cabide e vaporizados com água quente durante uns minutos. Seguidamente, deve-se repetir o processo do outro lado, antes de serem deixados a secar, após o que voltarão à sua forma original. Bastam duas horas e ficam prontos a serem usados no dia seguinte.

Com uma estrutura cava de tecido, o fato permite a fácil circulação de ar possuindo misturas de tecidos ricos em lã: uma à base de pura lã e uma outra contendo lã e poliéster numa relação de 83 a 17%. Dotado de propriedades repelentes de água e entretelas laváveis na máquina, o artigo incorpora ainda processamento 3D eco-super que lhe permite reter a forma original. O acabamento final recorre à L-Cisteína – um tipo de aminoácido natural presente no cabelo, unhas e pele que mantém o fato impecável e sem enrugamentos.

Os fatos foram criados pelo designer japonês Kansai Yamamoto e pelo inglês John Pearse e estão já disponíveis nas lojas do Japão nas colecções Kansainan e John Pearse, com preços que variam entre os 163 e 311 euros. "

http://www.f2-fashionsquare.pt/FashionSquare_web/FashionSquare_shower%20clean.htm

afinal de contas, todos os minutos contam.
se não precisarmos de nos despir antes do duche para ir trabalhar, melhor...