domingo, janeiro 25, 2009

"O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON"

ADVERTÊNCIA:
este post é sobretudo, para as pessoas que viram o filme. caso ainda não tenham visto, sugiro que corram para o cinema, vejam o filme e só depois devem ler estes comentários.



bem, hoje, fui ao cinema com uma amiga.
tendo em conta que estava com uma menina, não seria aconselhável ir ver um qualquer desses filmes violentos com bandidos manhosos ou sujeitos que são atingidos pelos ossos dos seus colegas.
há que ir ver um belo romance que nos tenta passar a lição de que não há amores impossíveis e que, por muitas partidas que a vida nos pregue, havemos de conquistar e ser felizes com aquela pessoa com a qual partilhamos o amor à primeira vista.
fomos, portanto, ver o "Estranho caso de Benjamin Button" e, à primeira vista,a história de um menino que nasce no corpo de um homem de 80 anos e que está condenado, ao contrário de todos nós, a rejuvenescer até à data da sua morte, já bébé, mas que encontra, na sua idade física de 80 anos a menina que se tornaria o amor de sua vida, até parece ser uma linda dessas histórias de amor.

e, de facto, até e´o que aparenta ser.
caro leitor que ainda não foi ver o filme, vá lá vê-lo porque lhe vou estragar a história. PARE DE LER...

ora, para aqueles que já viram o filme. já repararam que, sendo eles o amor da vida de cada um, quando Benjamin viaja até New York para lhe mostrar o quanto ele gosta dela, ela prefere rumar para a farra com os seus amiguinho e quiçá participar numa orgia lésbica?
ok, tudo bem, era uma orgia lésbica, acho, but still...
depois, ele volta para a sua terra e sobrevive a sua vida sem ela. ela, por seu lado, ruma para paris para continuar a sua vida, feliz e despreocupada, sempre com a sua carreira e com seu brio em mente, mas não com ele. não me fodam. ela não pensava nele.
e depois, o que acontece? pois, acidente, é atropelada, parte a perna e fica numa casa de hospital.
quem é que se mete num avião para estar com ela para reconfortá-la e para lhe dar tudo o que ela possa precisar?
pois, o idiota do Benjamin. e o que é que ela faz quando ele lhe diz que toma conta dela? pois, manda-o embora. ela não queria voltar para New Orleans nem o queria com ela em Paris. de facto, as mulheres não sabem mesmo ver quando tem o melhor dos mundos à frente.

curioso, e falo para aqueles que já viram o fil. se ainda não viram, espero que já vos esteja a estragar o mesmo porque já vos avisei linhas atrás..., é como ela acaba por voltar a New Orleans e para o seu Benjamin.
sim, eles tiveram imenso sexo, e foram viajar pelo mundo e compararm uma casa com um colchão onde se amavam e , bem , não faziam mais nada que não sexo.
agora, pensem um bocadinho no filme. já repararm que ela só voltou quando ele estava extremamente jovem e sexy e, veja-se lá, rico por ter herdado os bens do pai que o abandonou, e ela estava lesionada, com uma enorme cicatriz que a fazia sentir feia e inútil e já não tinha a capacidade para dançar e se sentir a rainha do mundo?
bem, eu reparei, e se virem o filme com um pouco de atenção, verão que a história de se encontrarem no meio e estarem destinados a ser felizes juntos e balelas assim não é exactamente a história que temos à frente.

"O estranho caso de Benjamin Button" não é a história de amor que luta contra o tempo e contra a idade.
é a história de um sujeito perdidamente apaixonado por alguém que sempre o relegou para segundo plano, ou para quando já não havia mais opções, e que se envolve com ele quando atinge o fosso da sua vida e precisa de alguém sabendo que o panhonhas do Benjamin estará sempre lá para ela.

Rica história de amor...

surpresas

não gosto de surpresas.
tal deve-se ao facto de, raramente ficar surpreendido com algo que valha a pena.
prefiro saber com o que conto.
porquê? pá, porque, até ao momento, muito poucas pessoas me conseguiram realmente surpreender, e curiosamente, ainda menos pela positiva.

as pessoas tem aniversários, tem festas, tem comemorações nas quais estão à espera de ser surpreendidas. eu já desisti.

afinal de contas, fazer uma surpresa a alguém tem um misto de enigma e antecipação que termina com um enorme sorriso por parte de quem é surpreendido.
infelizmente, as pessoas que me tentam surpreender claramente não me conhecem.

consequentemente, quando fazem a sua grande surpresa, ou acabo por estar exactamente à espera que aquilo acontecesse porque, vá, como não havia ideias para me surpreender, fazem um monte de perguntas estupidas e acabo por levar com algo que eu disse só porque me perguntaram, ou sou totalmente surpreendido com uma merda qualquer para a qual tenho que esboçar um sorriso e dizer que adorei e que não deviam ter feito aquilo e que são o máximo e que me conhecem tão bem quando, na verdade estou a fazer contas à vida para ver onde é que vou enfiar tamanho traste.

é a vida. a culpa não é vossa.

quando celebrei os meus 18 anos, tal como qualquer miúdo com 18 anos e prestes a tirar a carta, só havia uma coisa que eu podia querer: um carro. na altura, nem me interessava que fosse potente, novo, bonito, económico, verde-alface ou não tivesse rádio. queria um carro e dei bastantes indirectas aos meus pais.
desde constantes revistas da especialidade que apareciam subitamente na mesa de jantar, na cama do meu pai, na casa de banho, espalhadas pelo chão, por todo o lado.
tambem não sei bem como, mas já tinha explicado todas as especificações técnicas e preços e cotações de todos os carros em todos os stands desde vila nova de cerveira até à maia.
acho que os meus pais tinham percebido a indirecta e sabiam o que eu queria.
no dia dos meus anos, ainda não via nenhum carro e começava a desanimar. nessa altura, alguém meu conhecido me diz que, logo à noite, vou ter um carro. que não lhe perguntasse como sabia porque não me iria dizer, mas que ia ter um carro.
não me disse mais nada e eu aguardei impaciente o momento em que acabaram as aulas para me meter no primeiro autocarro para casa.
quando cheguei, lembro-me perfeitamente de correr até à garagem que eu ajudei a construir com o meu sangue, suor e lágrimas, e não estava lá nada. completamente vazia, sem carro à vista.
pensei eu que o meu pai não seria parvo para deixar lá o carro para eu ver sem que ele cehgasse.
fui para o meu quarto tentar manter-me ocupado, mas havia só uma coisa que me passava pela cabeça: o carro, como seria, de que cor, de três ou cinco portas, gasolina ou diesel, teria jantes especiais, então e um motor turbo, seria um clio, um mercedes, um opel... era o que me passava pela cabeça.
lembro-me de ouvir um carro a chegar e fui a correr para a varanda. era o carro do meu pai, com o meu pai lá dentro. não havia carro para mim.
mas espera, quando o meu pai comprou o carro dele, foi o meu irmão que o trouxe para casa. seria, concerteza o esquema que se ia passar naquela noite.
mas não, o meu irmão chegou no carro dele. quando chegou, não vinha com ele, nem o meu sobrinho, nem a minha cunhada. "foram a casa dos pais dela. vem a pé" diz o meu irmão. e pronto, lá volta a minha expectativa de receber um carro, trazido pela minha cunhada, mas não. eles chegaram mesmo a pé e subi eu o caminho da saída de minha casa para ver se não estaria lá nada estacionado. mas não havia lá nada.
e lá foram as minhas expectativas esmorecendo, tal comoo sentimento de alguma vez ter um carro. convenhamos, não ia receber um carro dos meus paise tinha gasto as minhas economias a tirar a carta. já me estava a ver a só comprar um carro dois anos depois de sair a universidade. a minha liberdade estava adiada. passei o jantar do meu aniversário calado.
e foi aí que chegou o bolo de anos. toda a gente a cantar e no escuro, cheio de velas, apareceu... um bolo em forma de carro...
foi a coisa mais estupida que alguma vez me tinham feito e, provavelmente, a maior crueldade que podiam terfeito comigo.
sabiam o que eu queria, deram-me esperanças e causaram-me o sentimento que o iria ter e quando me puseram as expectativas bem no alto por tal prenda, tirararm-me o tapete de baixo dos pés.
fui deitar-me desiludido, sozinho e profundamente magoado com o "presente" que me prometeram.

a partir daí, nunca mais celebrei o meu aniversário. é apenas mais um dia em que é suposto termos as expectativas bem altas para serem rapidamebte deitadas abaixo.
tmbém nunca mais gostei de receber prendas enm que me fizessem surpresas porque me apercebi que as surpresas que todos nos fazem são uma valente merda.

continuo a não gostar de surpresas, gosto de saber com o que conto. ao menos, assim, já me posso ir preparando.

ao menos, nos dias que correm já não fico desiludido. é a vantagem de já não esperar muito daqueles que, supostamente, me conhecem.

sábado, janeiro 24, 2009

a check-list

na actividade profissional que exerço, existe algo denominado de check-list.
na verdade, a maior parte dos prestadores de serviços intelectuais usam esta ferramenta.
em si, não tem nada de especial.
mais não é que um conjunto de questões-chave que se devem fazer ao cliente por forma a conseguir um maior inside da actividade económica do agente e consequentemente, conseguir prestar melhor os serviços propostos.
por outras palavras, é um conjunto de perguntas que permite reconhecer o ponto em que está.
esta é feita, no ínicio da relação de prestação de serviços (faz sentido...) e repete-se a proeza com alguma regularidade por forma a fornecer um serviço personalizado e próximo de quem o encomenda.

a check-list é uma ferramenta útil e, na verdade, não é só usada apenas pelos profissionais.

pode é não ter a mesma designação, nem os mesmos propósitos.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

pedras no caminho...

e se a estrada tem buracos? e se o terreno é ingreme? e se as pedras são demasiado grandes?

não interessa. venha o que vier.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

the bad movie of my life...

gosto de ir ao cinema.
gosto de me sentar numa sala escura e, por duas horas, abstrair-me do mundo à minha volta, talvez sonhando um bocadinho que sou eu o agente secreto, ou o homem de negócios que largou tudo por amor...
é claro que, como qualquer pessoa que vá com frequencia ao cinema (embora nos dias que correm a frequencia já não seja assim tanta...)me deparo com muito bons e muito maus filmes.

curiosamente, dos muito maus filmes, tenho uma tendencia a esquecer.
podem falar do filme e até me pode vir à memoria qualquer coisa sobre o assunto, mas não me recordo realmente do filme.

por exemplo, há um filme de uma miuda que se apaixona por um sujeito mais novo cuja a mãe era a psiquiatra da... miuda.
não me recordo do nome do filme, não me recordo do elenco, nem me recordo quando e onde o vi.

de facto, com excepção das linhas supra, a única coisa que me lembro do filme é que adormeci. e olhem que eu sou um sujeito persistente que tenta dar sempre todas as oportunidades possíveis...

por outro lado, há filmes que toda a gente diz que são uma autêntica porcaria, que não presta, que é dinheiro mal gasto e que me vou arrepender de perder duas horas naquela sala.

idiota como todos somos, eu não ligo às criticas e vou ver o filme.
e, de facto, a verdade é que já vi muios filmes que toda a gente dizia que eram maus e gostei, assim como já aconteceu ir ver filmes que toda a gente diz que adora e que tiveram as melhores criticas e, pura e simplesmente, nem dos títulos me lembro.

já lá dizia o outro: "posso não saber de arte, mas eu sei do que gosto".
eu, provavelmente, ainda não sei o que gosto, mas sei que gosto e podem ter a certeza que, daqueles filmesn que toda a gente diz que são maus e que são demasiado comerciais ou, pior, são demasiado intelectuais, ou são, simplesmente, uma porcaria, mas que eu gosto, eu digo abertamente que gosto e defendo o filme.

afinal de contas, o importante é que eu goste e que dê aquele tempo por bem gasto.
eu gosto de ir ao cinema e formar uma opinião por mim próprio e não temo ir ver um mau filme. até pode ser que goste. e, se gostar, não me importa o que os outros dizem. vou comprar o dvd e exibi-lo no móvel da sala e vê-lo quantas vezes me apetecer. afinal de contas, eu gosto

não desisto do que parece ser um mau filme à partida.
com as pessoas também não.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

no trapézio...

odeio os momentos em que estou parado.
fico a pensar na vida e, em consequência de um síndrome bem português, começo a ficar deprimido.
talvez não esteja a acontecer tudo segundo o plano. lá está, as circuntâncias alteram-se e temos de mudar o plano no momento.
valemo-nos, ao menos, da nossa capacidade de adaptação e do facto de o vento lá ir correndo em nosso favor.
odeio estes momentos.
parece que tudo não é mais que uma imagem coberta pela névoa enquanto a vemos do lado de dentro de um qualquer aquário.
talvez seja um discurso péssimista.
talvez seja apenas o facto de eu odiar estes momentos.
os planos alteram-se e, com a mutação das circuntâncias, também nós nos temos de adaptar.
se não podermos fazer A, talvez isso seja a oportunidade para fazer B.
não sei. estou preocupado. de repente, talvez não seja assim tão vantajoso.

a pouco e pouco, sinto-me como se o tapete da minha vida me fugisse debaixo dos pés, a modos que sinto que estou a correr em cima da água.
assim, se nos momentos iniciais, a velocidade me consegue manter à tona, eventualmente o peso vai-me fazer ir ao fundo.

agora que penso bem, a minha vida não é correr na água. sinto-me mais como se estivesse num trapézio sem rede: lá vou fazendo as minhas acrobacias e fazendo brilhar os olhos do público que vê o espetáculo sem sequer respirar.

contudo, sei que é apenas público, alguém que pagou o bilhete para ver o espectáculo, seja ele uma pessoa a fazer as coisas mais maravilhosas e ginasticadas, seja a escorregar e estatelar-se no chão.

o meu problema é que sei que não tenho rede por debaixo dos meus pés e começo a ficar com as mãos suadas.

eventualmente, vou escorregar e, nesse momento, sei que não tenho a minha rede.
é uma adrenalina do caraças. admito que é, mas será a queda um mal-menor desta minha acrobacia?

não sei. só sei que não tenho rede e estou lançado bem no alto do trapézio...

domingo, janeiro 18, 2009

jogos...

peguei no códi e fiz um pequeno exercício.
não fiquei muito feliz, mas, por outro lado, não está tão mau como estava à espera.
acho que dá. não sei, vamos ver.
quer-me parecer que há movimentações à minha volta.
ainda não as percebi por completo, mas já as notei.
não é nada que eu não esteja à espera, mas chateia-me o não saber "quando".
não interessa. tudo o que acontece acontece por um motivo e quer-me parecer que vou conseguir.
se estiver enganado, pá, fodi-me, e lá terei de rever as minhas previsões. não é nada de vergonhoso. afinal de contas, se até o governo o faz, porque não eu?
mas acho que as minhas contas estão certas. pode ser que me safe.
não sei, mas pode ser.
de qualquer forma, por muito complicado que possa vir a ser, pior do que já é é dificil.
assim, podem fazer as vossas jogadas. tal como num jogo de poker, fazem bem em não revelar a vossa mão, até porque sei o que estãoa pensar.
contudo, é importante que não substimem o adversário. é assim que todos os jogos se perdem.
aqui fica o meu conselho. agora, eu não vou revelar as minhas cartas.
mas lá que vou fazer o meu jogo, isso vou.
de qualquer forma, este mês, chega-me o meu ás de trunfo.

resquicios de uma noite de sabado...

" - boa noite. o que vão tomar?
- boa noite. queria uma imperial e um cinzeiro, se faz favor.
mas olhe, não era suposto estar a decorrer um concerto de
bossa-nova?
- era, mas um dos músicos está gripado e tivemos de cancelar. daqui a alguns momentos, começa uma sessão de jazz nesta sala.
- hmm, parece-me bem. então olhe, traga-me, antes um gin tónico e o anti-cristo..."

quinta-feira, janeiro 15, 2009

mercado imobiliário


ultimamente, tenho andado a ver bastantes anúncios de habitação.
não sei se é por estar completamente farto de partilhar a casa com uma espécie de sanguessuga, se simplesmente, começo a achar que talvez esteja a chegar a altura de ter o meu próprio buraco onde sou rei e senhor.
por outro lado, e apesar de ainda não reunir as condições mínimas para proceder à compra de uma casa, é sobretudo, esse o negócio que tenho andado a pesquisar.
também não sei bem se, por um sentimento de "mais vale prevenir do que remediar" ou talvez um leve desejo de constituir família, a minha pesquisa tem-se focado, maioriatariamente na tipologia T3.

ora, nestas pesquisas, uma pessoa encontra de tudo um pouco.
Encontramos desde autênticos palacetes principescamente construídos e equipados, com todas as mordomias e indispensável garagem para os meninos a preços realmente exorbitantes, às barracas mais manhosas e a cair aos pedaços que um tostão consegue comprar.

Relativamente a estas segundas, não pude deixar de reparar que os T3 mais manhosos, normalmente com a descrição "a precisar de melhoramentos", ou "para remodelar" ou, ainda, "grande potencial para melhoramentos".
Basicamente, e tendo em conta esta descrição e as fotos que nos são apresentadas, só podemos, devemos, e na verdade é o que se sucede, estamos a falar de autênticas espeluncas onde teríamos nojo de bater à porta, quanto mais morar lá.

ainda falando desta espécie de habitação em análise, não pude deixar de reparar que, nestas espeluncas às quais é atribuído pelos vendedores "um enorme potencial de melhoração" (pudera...), acabamos por ter sempre mais uma pequena nota: "ideal para estudantes".

é aqui que a porca torce um bocadinho o rabo e uma pessoa fica extremamente estupecfacta.

é-nos apresentada uma casa com paredes já se tinta, com soalo em madeira podre cheia de buracos, térmitas e caruncho onde quase nem um sem-abrigo gostaría de ficar.
o dono quer-se livrar daquela merda, vendendo ou arrendando, sem se querer preocupar com a autêntica fortuna que teria que gastar para transformar aquele sítio numa espécie de habitação mínimamente digna ( que, a propósito, não se vai traduzir em desconto algum na hora de pagar a renda ou o montante da compra-e-venda) e quer fazer uns trocos. então acrescenta uma notinha a dizer que a casa é "ideal para estudantes".

agora, pensem comigo. será que os jovens estudantes de agora são uma espécie assim com tão poucos padrões de exigência que não se importam de morar numa situação nada digna e mesmo perigosa?

ou será que é muita filha-da-putice desses proprietários tentarem aproveitar-se da inexperiência das pessoas que têm de abandonar o sítio onde nasceram para vir estudar de forma a conseguirem garantir, ou tentar, um futuro mais digno?

dado que, eu próprio, já fui um dos destinatários desses anúncios, enoja-me um bocado e, na verdade, em cinco anos de estudante, consegui morar em cinco casas, mas fugi sempre das supostas casas "ideais para estudantes".

é que, por muito que a casa seja "ideal para estudantes", se calhar os estudantes até podem responder o anúncio, mas, senhores proprietários, já repararm que os estudantes, apesar das borgas, bebedeiras e afins, ainda tem aqueles cinco sentidos que os alertam que aquilo é casa ideal, mas para o caruncho?

quarta-feira, janeiro 14, 2009

"isto, aquilo, mais isto e mais aquilo."
"eu sou isto e vai acontecer isto e mais isto e provavelmente vamos fazer isto e vai-te acontecer isto".
"é melhor não por causa disto e daquilo e mais disto e daquilo", afinal de contas "eu sou isto e aquilo e mais isto e mais aquilo e estou isto e mais aquilo e isso vai fazer com que tudo isto e mais aquilo".
"não por causa disto e mais daquilo e sei que tu isto e mais aquilo e mais isto"

então e depois?
se acontecer isto e mais aquilo é um risco que temos de tomar.
quem sabe se, em vez de acontecer isto e mais aquilo e eu ficar isto e mais aquilo e tu ficares isto em mais aquilo, não pode acontecer algo perfeitamente diferente disto e daquilo que nos tem acontecido?

se não tentarmos isto e mais aquilo, nunca saberemos.

toma uma para ti:



e mais uma para todos aqueles que não perceberem isto e aquilo que eu acabei de escrever...

domingo, janeiro 11, 2009

Aceitando o desafio de DJ, do blog ipsisverbis, de responder a algumas perguntas com nomes de músicas de alguns grupos, aqui vai:

1. És homem ou mulher?
- "the man song", de sean morey;

2. Descreve-te:
- "number 1", dos scorpions;

3. o que as pessoas pensam de ti:
-"i'm an asshole", de dennis leary;

4. como descreves o teu último relacionamento?
- "life is a rollercoaster" de ronan keating;

5. descreve o estado actual da tua relação:
- "sgt. pepper´s lonely hearts club band", dos beatles;

6. onde querias estar agora:
- "san francisco", de scott mckenzie;

7. o que pensas a respeito do amor?
- "she will be loved", dos maroon 5;

8. como é a tua vida?
- "i'm alive", de tom jones;

9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo?
- "all you need is love", dos beatles;

10. escreve uma frase sábia:
- "always look at the bright side of live", dos monty python.

agora, desafio cinco blogues a responder:

- http://thelifeofbrendon.blogspot.com/
- http://emissoracaoticaportuguesa.blogspot.com/
- http://desejo-a-vida.blogspot.com/
- http://ambloguidades.blogspot.com/
- http://tulipasnegrasdavida.blogspot.com/

sábado, janeiro 10, 2009

"um dia..."


Lá no trabalho, devo admitir, a não ser que recorramos à nespresso, que o café é, vá, no mínimo, péssimo.
na verdade, é mesmo uma porcaria.
por outro lado, os pacotes de açucar, na verdade, contém um açucar perfeitamente normal sem qualquer tipo de adição que nos aumente o rendimento ou nos transforme em super-consultores, é um açucar normal.
contudo, tem uma coisa que o faz especial: a nicola faz a campanha "um dia" e em todos os pacotes de açucar tem uma mensagem diferente.
mensagens do tipo "um dia faço uma tatuagem", "um dia começo a cantar no meio da rua", "um dia escrevo-te uma canção", "um dia ponho a mochila às costas e vou conhecer o mundo", "um dia fujo do trabalho para brincar com a minha filha",(... espera, essa, acho que foi censurada por motivos de produtividade).
enfim, todos os dias, uma pessoa chega para beber um café e tem uma mensagem.
a maior parte das pessoas, provavelmente, nem se dá ao trabalho de olhar para o pacote de açucar e ler a mensagem de apelo à rebeldia a que aquela marca incita. aqueles que a leem, esboçam um pequeno sorriso, bebem o seu café e voltam para as suas vidas completamente controladas pelo cabs (para os meus leitores que não sabem o que é o cabs, deixem-se estar assim. um dia, vão conhecê-lo e agradecer-me por não vos ter dito o que era mais cedo).
eu, quando faço uma pausa dessa minha vida controlada pelo cabs e vou beber um café, dou-me ao trabalho de ler o que aquele pacotinho de açucar tem para me dizer e fico um bocadinho a reflectir no que aquela pequena frase me incita e, sobretudo, porque é que ainda não fiz. afinal de contas, são coisas relativamente simples de realizar.
então, porque não as fazemos?
bem, a única resposta que eu encontro é esta: "nós fazemos parte da sociedade e somos controlados por ela e, se fizermos algo que pareça relativamente afastado do que ela espera de nós, vai-nos castigar".
somos um grupo de individuos tolhidos pelo medo dos outros individuos e bradamos a nossa liberdade ao mundo, mas só quando o mundo não está a ouvir.
estas pequenas coisas que o café nos sugere fazer são, para a sociedade em geral, uma loucura que não é esperada de nós e nós não a relaizamos pelo medo das represálias da sociedade.
por isso, não faremos a tatuagem porque seremos conotados com marginais, não começamos a cantar na rua porque temos medo dos olhares em redor e da reprovação daqueles que nem conhecemos, mas que, decerto, nos vão julgar, não escrevemos um canção porque temos medo de expôr os nossos sentimentos e que o seu ouvinte a ache ridicula, não pomos a mochila às costas e vamos conhecer o mundo porque temos medo de sair do nosso pequeno circulo de influencia e aventurar-mo-nos num desconhecido que não controlamos, não fugimos do trabalho para brincar com os nossos filhos, ou equiparados, porque temos demasiado medo do cabs para deixar de trabalhar...
estamos constantemente a ter medo de fazer as coisas, por muito pequenas que sejam, porque tememos a reacção dos outros.
não devíamos ser assim, não devíamos temer que os nossos actos sejam julgados.
afinal de contas, se " a minha liberdade termina onde começa a liberdade do próximo", então, desde que não prejudiquemos ninguém, devíamos para de dizer "um dia..." e passar aos actos.
afinal de contas, a vida é nossa, nós fazemos dela o que nós quisermos e temos o direito de ser felizes.
Hoje, eu não disse "um dia..."... outra vez!



terça-feira, janeiro 06, 2009

Citação do dia

"Se o aconselhassem a trocar o amor da sua vida por alguém mais novo, elegante e adapatado à moda, aceitaria?
Ou responderia que o amor não é racional, mas sim louco e que por isso é ele quem escolhe?"

in AutoHoje TT & Aventura...

segunda-feira, janeiro 05, 2009

é um jogo

tudo na vida acaba por se resumir a um jogo.
uma relação mais não é que um jogo em que cada uma das partes tenta ficar em cima da outra. nesse jogo, quem perde, também não se importa de ficar por baixo...
o trabalho mais não é que um jogo em que as partes se degladiam pelos olhares dos superiores, ou, para a malta da cat. b, pelo prémio de mais e melhores clientes.
todos queremos ser os melhores, e esses que dizem que não ligam a essas coisas e só querem ser felizes, epah, vão-se foder, o que vocês querem é ser mais felizes que os outros.

é essa a essência do homem: jogar, competir, vencer.
até porque, é ao alcançar essa vitória que nos sentimos plenos.
a vida é um jogo e nós estamos lá para ganhar, para deixar os outros para trás.

às vezes, admito que nem é preciso ser o vencedor incontestável, mas nessas alturas, o que interessa, é fazer o nosso jogo, ludibriar a concorrência, atingir os nossos objectivos e sair com a vitória sem que ninguém perceba como.

mas até isso é um jogo: o do gato e do rato.
e, sinceramente, é desse que eu gosto.

"let's play ball..."



nota do autor: este post diz mais do que o leitor, à primeira vista, consegue descodificar.

domingo, janeiro 04, 2009

pensamento do dia

"a melhor forma de planear um casamento é começar pelo local onde se vai realizar o divórcio!"

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Feliz ano novo...

2008 não me deixa boas recordações.

não foi um ano particularmente feliz, ou memorável pelos melhores motivos.

em 2008, posso dizer que sofri. sofri de amor, sofri a perda, sofri a desilusão e sofri a redundante dor de simplesmente sofrer.

nem tudo foi mau, admito. contudo, acredito que o mau que este ano deixou consegue suplantar as coisas boas que nele vivi.

não obstante, aconteceram-me coisas boas.


foi o ano em que conheci pessoas muito especiais que me fazem sorrir e que me fazem ter vontade de estar vivo;

foi o ano em que a minha família fez 400 kilómetros para me ver trajar de preto pela última vez antes de seguir outros rumos;

foi o ano em que rumou a casa com a cabeça erguida e abracei a minha mãe e a minha avó, pela primeira vez enquanto dr. ;

foi o ano em que fui lançado ao mercado de trabalho para um desafio novo e que me faz sentir utíl;

foi o ano em que deixei de viver às custas dos meus pais e alcancei a independencia plena;

foi o ano em que alguém me tentou voltar a ensinar a cozinhar;


olhando para estes acontecimentos, não foi um mau ano. até podia dize que foi um ano relativamente feliz, mas também foi este o ano em que senti, pela primeira vez, as verdadeiras dores da perda, foi o ano em que desiludi e foi o ano em que me foi traçado um destino completamente inesperado.


assim, não posso dizer que 2008 me tenha corrido muito bem, mas como estamos no primeiro de 2009, e quero acreditar que é mesmo um ciclo que termina e outro que se inicia, espero sinceramente que este novo ano, apesar do que andam esses economistas para aí a dizer, corra bastante melhor do que aquilo que vivi em 2008.


assim, e como nada acontece por acaso, e somos nós os principais causadores do meu destino, lanço para aqui algumas resoluções que vou tentar atingir de forma a conseguir a melhoria que almejo.


assim, as minhas resoluções:



  • fazer o "reset" emocional, esclarecer as situações antigas e permitir-me seguir em frente, de uma forma ou de outra, para conseguir ser feliz e conseguir fazer alguém feliz;

  • ser menos rezingão e dar uma oportunidade às situações que tão bem sei pôr de parte sem que lhes permita, sequer, o benefício da duvida;

  • trabalhar mais e melhor;

  • ter tempo para os meus amigos, para as pessoas que me são queridas e não negligenciar ninguém em troca de outrém;

  • ir morar sozinho e ter o sossego e o conforto das minha coisas, ao meu gosto;

  • partir para um aventura. encher o depósito, entrar pela A2 e sair algures no meio da ásia;

  • deixar bigode por um dia e ir trabalhar;

  • inscrever-me numa pós-graduação;

há mais, mas acho que é melhor fazer as coisas devagarinho...


Feliz Ano Novo!