segunda-feira, abril 20, 2009

...

Não sei bem como, nem sei bem porquê, mas sei que tenho de me encontrar.
Somehow, afastei-me de mim, afastei-me daquilo que sou e daquilo que quero ser.
Não sei bem como aqui vim parar, nem sequer porque é que aconteceu assim. Sei que o caminho foi longo e, possivelmente, já não há um regresso possível.
Como é que aconteceu, não sei. Porque aconteceu, não sei.
De facto, não posso dizer que saiba muita coisa neste momento.
Só sei de uma coisa: sei que tenho de me encontrar, de voltar a ser eu mesmo e de me erguer como outrora fiz.
É isso que me falta: aquele sentimento de autenticidade que me caracterizava, aquela sensação de saber o que queria, aquela verdade de ser eu próprio.
Já não me lembro de quando o perdi. Só sei que, a dada altura, olhei e já não estava lá.
Não sei para onde foi, não sei se fui eu que o perdi ou se se foi, simplesmente, embora.
Pode ter sido isso. Se calhar, é o mais provável.
Sei que, neste momento, resta a máscara a que chamo cara mas que não diz nada sobre a alma dentro mim.
Estou a precisar de mudar de vida, estou a precisar de mudar-me a mim mesmo.
De facto, estou a precisar de descer à terra e deixar o meu corpo por lá, de separar-me de mim e de toda a minha carga. Estou a precisar de ser outra pessoa. Estou a precisar de ser o eu que já fui, mas não mais me lembro de alguma vez ter sido.
Há quem tire férias do trabalho, há quem se despeça das outras pessoas e há quem se separe de outrem.
Eu preciso de me despedir de mim mesmo, preciso de abraçar um novo projecto: um novo eu.
O resto? O resto são recordações e, como tal, não existem. São passado e o passado não nos toca. Olhamos para traz e recordamos, mas não é real. Já foi. Agora, pouco mais passa do que uma imagem embaciada que temos na carteira.
Podem ficar as recordações, mas dali não pode vir mais nada. Mesmo que se queira, não vem. É por isso que é passado, é por isso que não nos toca.
Preciso de me ir embora de mim mesmo, de me despedir de mim mesmo e abraçar outro eu.
Preciso de um eu que seja feliz.

domingo, abril 19, 2009

weekend

de certa forma, foi assim o meu fim-de-semana...

quarta-feira, abril 15, 2009

As melhores amigas

Tenho uma amiga que anda à procura de casa e, quiçá, outra rapariga com quem dividir a renda, e a casa, já que tem de ser.
Isto deixou-me a pensar.
As mulheres movem-se sempre aos pares. É uma coisa natural, e não adianta começaram a barafustar que vocês não são assim e só se forem as outras porque, convenhamos, vocês são mesmo assim.
Não tenho nada contra esse facto das mulheres se moverem aos pares. É perfeitamente natural, tanto como os homens se deslocarem em manada para o estádio de futebol ou irem tomar uma (várias) cerveja com os amigos.
Tal como os homens se movem em manada para esses e outros sítios, as mulheres fazem o mesmo. Podemos dizer que é uma questão de sobrevivência. Afinal contas, uma míuda sozinha na noite pode configurar uma situação perigosa, assim como, mesmo que ela procure essa situação perigosa, convém ter sempre alguém a seu lado.
As mulheres também se deslocam e vivem aos pares por questões de inteçligência emocional.
Afinal de contas, uma mulher sozinha vai sentir-se sempre mais fragilizada ao encetar um qualquer contacto com o macho dominante. Por outro lado, se tiver a sua “wing woman” ao lado, ela vai sentir-se poderosa o suficiente para o diminuir, gozar com ele, ou mesmo levá-lo a perder a cabeça com as suas graças e propostas porque sabe que estará segura com a sua amiga ao lado.
É assim que funcionam as mulheres. Vivem juntas, morrem juntas, “Bad girls for life”.
Contudo, há uma coisa a salientar neste fenómeno comportamental da amizade feminina um requisito que tem de ser cumprido de forma a que esta ligação possa dar frutos e não quebre como copos de cristal na prateleira da jaula do elefante:
Os dois espécimes de género feminino, de forma a que sejam as melhores amigas, não podem ser as duas aquilo a que os homens cientificamente classificam de “PODRES DE BOAS”.
É verdade, e sim, eu sei que sou um porco chauvinista e um cabrão sem sentimentos e um merdas e tudo o mais que me quiserem chamar.
Contudo, reparem bem à vossa volta.
As mulheres rodeiam-se de outras mulheres, mas, nesse grupo existe uma hierarquia psicológica e a verdade é que só pode haver uma fêmea dominante.
É ela a “GAJA BOA” que faz o grupo mover-se e também é ela que tem a maior descontracção para levar os interesses do grupo adiante. Também é a fêmea dominante que saca o primeiro macho.
Atenção, não estou a dizer que nesta relação de amizade entre mulheres, uma tenha que ser gira e a outra obrigatoriamente feia. O que estou a dizer é que uma não pode nunca ser tão gira como a outra.
Isto acontece porque as mulheres necessitam de se afirmar nas suas relações, nas suas vidas e na forma como são vistas pelos outros.
Ora, aí está o motivo pelo qual duas mulheres incrivelmente boas não podem ser amigas: deixaria de haver a miúda menos gira e, consequentemente, a fêmea dominante o que iria colocar em causa toda a ordem dos seus universos.
A miúda menos gira existe por uma questão de contraste, de fazer a outra parecer ainda ,melhor e claro, não sendo uma ameaça à fêmea dominante, é a única em quem esta pode confiar.
Do lado da fêmea submissa, acontece o mesmo. Até pode ser gira, mas não tem confiança suficiente para agir sozinha, ou então é mesmo um estafermo.
Ela, por seu lado, dá graças por se dar com uma fêmea dominante que a acolhe e permite fazer parilha com ela.
Afinal de contas, com a fêmea dominante, ela será notada e, mesmo que, do par, seja a segunda escolha, terá sempre muito mais hipóteses de sucesso.
Assim, vemos na amizade feminina uma relação de subserviência de um espécime em relação ao outro, o que nos permite aferir do grau de calculismo existente na cabeça de uma mulher.
Pronto, podem agora as minhas leitoras vir ao de cima e, após insultar-me, argumentar que que tem as melhores amigas e todas vocês são podres de boas e tesudas e isto e aquilo.
Nesta situação, só vos posso dizer uma coisa: na vossa relação de amizade com outra mulher, não serão vocês a fêmea subserviente?

quinta-feira, abril 09, 2009

arcos


dentro de algumas horas, farei a minha viagem.
já não vejo a família, literalmente, desde o ano passado.
por isso, e ao contrário de outras eras, quero ir lá cima, quero ver a família e estar com eles.
boas notícias me esperam quando chegar.

terça-feira, abril 07, 2009

pensamento do dia

“Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos, outros riem por saber que espinhos têm rosas.”
Confúcio

segunda-feira, abril 06, 2009

foi um dia...

não posso dizer que o dia de hoje tenha sido extraordinário.
não resolvi nenhuma crise internacional ou fiz algum daqueles discursos que enchem toda a gente de esperança.
não posso dizer que hoje pude pôr em prática todos os conhecimentos que adquiri ao longo da vida e fui considerado um génio pelo patrão.
também não posso dizer que, durante a hora de almoço encontrei a angelina jolie que me raptou para um quarto de hotel e teve sexo louco e selvagem comigo.
igualmente, não posso dizer que ganhei o euromilhões e fui aproveitar a campanha de abates e perdi a cabeça no satnd da bentley.
não posso dizer que aconteceram essas coisas todas porque, vá, convenhamos, não aconteceram.

não obstante, não posso dizer que não foi um dia extraordinário.
não me aconteceu nada de extraordinário, mas, por outro lado, passei o dia a me acontecerem pequenas coisas.

oh, e hoje aconteceram muitas pequenas coisas.
hoje tive um bom dia. estive a trabalhar naquilo em que realmente gosto de fazer.
hoje tive um bom dia. sorri e cantei e sorriram e cantaram comigo.
hoje tive um bom dia. recebi boas notícias daqueles de quem gosto.
hoje tive um bom dia. o sol esteve a sorrir para mim.

hoje tive um bom dia. senti-me feliz, senti-me bem, não pensei nos problemas e, de facto, nem sequer pensei no futuro.

hoje tive um bom dia e escolhi apreciar o dia que tive, de o saborear sem pensar no amanhã porque é incerto nem no ontem porque já não existe. mas o dia de hoje existe. existe e está a ser um bom dia. estou a gostar, estou a apreciá-lo.


Bloggers de todo o mundo, uni-vos!


Lanço o desafio a todos os bloggers que passarem por este sítio: copiem esta foto e coloquem nos vossos blogs. O mundo tem de saber a verdade!

Confissões

Hoje apetece-me pôr tudo cá para fora e dizer toda a verdade sobre toda a minha vida.
Por isso, aqui vai:


Eu sou extraordinário!

quarta-feira, abril 01, 2009

continuo à espera...