sexta-feira, junho 29, 2007

pequenas coisas...

um sorriso.
uma palavra.
um gesto.
uma companhia.
um abraço.
um beijo.
pequenas coisas.
serão essas pequenas coisas suficientes?
serão essas pequenas coisas o nosso contentamento?
ou será que devo procurar algo mais?
será que devo tentar alcançar uma nova barreira?
será que sei o que estou a fazer?
será que tenho certeza daquillo que sinto?será que tu tens a certeza daquilo que eu sinto?
será que há mesmo certezas?
será que há futuro?
será que temos presente?
será?
ou estarei a imaginar?
será que está tudo na minha cabeça?
ou, será que existe mesmo?

terça-feira, junho 19, 2007

"live free or die trying..."


a rotina mata-nos.

acordar,trabalhar,vegetar, dormir,acordar,trabalhar,vegetar,dormir.

não suporto a rotina. não suporto que aconteça sempre a mesma coisa, não suporto estar sempre preso ao mesmo compromisso.

a rotina acaba por nos matar, sabem?

talvez não mate tão depressa como uma bala e, provavelmente, também é mais lenta que um cancro. mas acreditem, embora o processo seja lento, o desfecho é rapido. acontece num ápice, tal como nos atirar-nos de um prédio abaixo.

a rotina é uma seca, a rotina é uma morte anunciada.

felizmente, é das poucas doenças, sim, eu acho que é uma doença, que tem uma cura quase miagrosa. quer dizer, desde que o "ser" (esta tem direitos de autor, mas não te preocupes que tos pago...) se aperceba que caiu nessa rotina e que queira fazer algo por si.

de facto, há muito boa gente, e alguma má, que cai na rotina sem, sequer se aperceber, e, depois, não consegue sair dessa situação.

criam uma tanta habituação a fazer sempre a mesma coisa, ir sempre aos mesmos sítios, estar sempre com a mesma pessoa que começam a acreditar que já se trata de amor.

na verdade, essa habituação não traz a felicidade ou o amor que essas pessoas pensam ter. apenas cria uma ilusão de que é o que se passa pois quando tomam consciência, se é que algum dia a vão tomar, que já não conhecem mais nada.

aí é que o ciclo vicioso estraga tudo. deixamos de ser (erróneamente) felizes, para nos tornarmos mártires de uma causa que nos toma a vida como baixas em combate, mas sem o sangue. esse já o perdemos a pensar que estavamos a viver.

dou-vos um conselho: fujam à rotina, sejam imprevisiveis e tornem-se pessoas diferentes, quiçá mesmo, felizes.

não custa muito. de facto, nem é preciso dinheiro para fugir à rotina. só precisamos de ter consciencia que "parar é morrer", que cair na rotina é cair num poço sem saída.

depois, só precisam da vontade de cometer uma loucura, de fugir de uma rotina que nos aniquila e apaixonar-mo-nos. apaixonar-mo-nos pela vida, por aquela pessoa especial que nos espera, quiçá, apaixonar-mo-nos por nós próprios, na falta de melhor termo.

saiam à rua, vejam o sol, vejam a lua, dancem à chuva, peguem no carro e guiem sem destino até ficarem sem gasolina e, depois, peçam boleia sem destino.

sejam imprevísiveis, sejam apaixonados, mas não se deixem matar por uma rotina que nos engana.

é que, um dia, no futuro, vamos olhar para trás. nessa altura,vão lembra-se de levar aquela vida enfadonha, rotineira, ao lado de alguém que pensamos gostar ou, antes, vão lembra-se que correram riscos, aterraram no mundo e transformaram-no na vossa ostra, que arriscaram sair da casca e alcançaram o sucesso e, mesmo que não o tenham alcançado, ao menos, tem aquela satisfação, aquele sorriso porque morreram a perseguir esse objectivo?

a escolha é vossa. eu já fiz a minha.

quarta-feira, junho 06, 2007

O MEDO...

há umas horas atrás, conversava com uma amiga. uma daquelas conversas sem grande sentido, maioritariamente para avacalhar, mas, no meio da conversa, surgiu um tema que me inquieta:"onde estaremos, daqui a 10 anos?"
sei que toda a gente acaba por se interrogar com questões destas, de uma forma, ou de outra.
aparecem num minuto e desaparecem no outro. no fundo, não lhes damos muita importância. porquê? bem, por um lado, porque se as nossas expectativas de sucesso no trabalho, no amor e na vida acabam por nos pôr com um sorriso na cara, no minuto seguinte, acabamos por perceber que isso, muito provavelmente, não passa de uma fantasia.
depois, começamos a interrogar-nos sobre se vai ser mesmo assim, ou, antes, se não vamos acabar na miséria, sozinhos e infelizes.
penso que isto seja normal, mas assusta-nos. quanto mais não seja, porque todos esperamos encontar o sucesso, fazer as escolhas certas e ser felizes, mas o ser humano é, por natureza, medroso, não gosta de arriscar e, dessa forma, é muito mais provavel que encontremos a vida mediana que não queremos.
temos medo disso. temos medo de falhar e, provavelmente, vamos acabar por falhar devido a esse medo.
o medo é uma coisa terrivel e é o que acaba por nos prender a uma realidade na qual não queremos viver.
é esse medo que nos leva a fazer a segunda melhor escolha, se é que isso existe.
é esse medo que nos prende a um chão poeirento e não nos permite voar mais alto.
é esse medo que não nos deixa arriscar em algo novo, por muito melhor que seja, porque não gostamos de sofrer desilusões, ou sequer, pensar que as podemos ter.
contudo, não lhe podemos chamar medo. a sociedade de coninhas que não arriscam não nos deixa. pensam que "conformismo" é uma palavra muito mais bonita.
como estão eles enganados.
o conformismo é a mesma coisa que o medo e é esse medo que nos leva a não alcançar os nossos sonhos.
basicamente, o meu ponto de hoje é muito simples: ARRISQUEM, NÃO TENHAM MEDO, E PODE SER QUE ALCANÇAM ALGO MUITO MELHOR.

sábado, junho 02, 2007

sinto...


sinto-me distante, inquieto, nervoso e preocupado com aquilo que sinto que não devo.

não sei porque é que me sinto assim. na verdade, se calhar, até sei, mas não percebo.

a minha vida não é má de todo. não tenho tudo o que quero mas, como diz o outro, "também não sou uma pessoa de posses".

contudo, não se justifica que ande a desperdiçar a minha vida, a ter ideias que não vingam e projectos que não levantam.

sinto-me cansado de ter algo na cabeça.

sinto-me farto de não conseguir ser feliz.

sinto-me sem forças por não estar nas minhas capacidades.

sinto os meus amigos a desvanecer e sinto-me a desaparecer da vista deles.

não por culpa deles, mas porque me estou a transformar.

sinto-me alguém que não sou.

sinto-me alguém de quem não gostaria, mas não tenho remorsos, não tenho emoções.

sinto-me, cada vez mais, como uma máquina.

mas não consigo sentir que isso seja mau.

não consigo sentir a alegria dos outros e sinto a paz com as suas agonias.

o que se passa comigo?

como é que eu paro isto?

como é que volto a ser quem era?

mas será que quero voltar a antigamente?

será que quero voltar a ser tolo?

será que quero voltar ao sofredor silencioso?

não sei. nem sei se quero saber.

sou um novo eu.

alguém mais confiante.

alguém mais perigoso.

alguém mais capaz.

não sei.

quero ter paz, mas será que, realmente a quero?

será que quero o que os outros querem?

ou será que quero o que mais ninguém pode ter?

não sei, e calculo que vocês também não...