terça-feira, abril 29, 2008

Como conquistar o coração de uma mulher...

Não resolvas tudo com ignorância;
Não cuspas no chão;
Escova os dentes;
Não coces o saco à frente dela;

Dá-lhe flores e muitos... muitos presentes. Aliás, dá só
presentes caros;
Levanta a tampa da sanita antes de mijar. E lembra-te de

A abaixares depois;
Lava as mãos quando saíres da casa de banho;
Não mastigues de boca aberta;
Não arrotes alto. Aliás, não arrotes;

Não te peides sob o cobertor. Aliás, não te peides.
Não palites os dentes em público;
Faz a descarga antes de saíres da casa de banho;
Corta e limpa as unhas. Não roas as unhas;
Não fales mal da mãe dela. Aliás, ama a mãe dela;
Usa desodorizante (que preste);
Não digas palavrões;
Ri-te sempre das piadas dela;

Não sejas engraçadinho com os outros;

Não tenhas ciúmes dela;
Deixa-a ter ciúmes de ti na medida que ela quiser;
ela pode;

Não fiques barrigudo. Aliás, não engordes;

Não te demores no banho;

Não molhes o chão da casa de banho, nem deixes a
toalha de qualquer maneira;

Não te sentes à mesa em tronco nu;

Não digas que as mulheres não sabem conduzir

(guarda essa verdade para ti);
Não tenhas chulé;

Não chegues tarde a casa. Aliás, sai só para
trabalhar e volta a correr;

Não bebas até tarde com os teus amigos. Aliás, não
tenhas amigos e nem penses em ter amigas;

Não seja sovina e dá-lhe pelo menos dois cartões
de crédito;

Não olhes para outras mulheres. Aliás, não existem
outras mulheres;
Não fales da tua ex-namorada. Aliás, tu nem tiveste
nenhuma antes dela;
Não comentes as tuas experiências sexuais. Aliás,
eras virgem, lembras-te?

Diz "Eu amo-te" pelo menos 24 vezes por dia;
Aprende a cozinhar;
Lava a louça;
Faz a cama, sempre;
Liga para ela, de qualquer lugar;
Deixa-a comprar roupas e sapatos sempre que ela
quiser. Aliás, ajuda-a a andar durante horas à

Procura de roupa nova;
Deixa-a conversar durante horas ao telefone;
Nunca a convides para namorar, só para fazer amor.

E faz isso com moderação e cuidado redobrado;
Discute sempre o relacionamento, mesmo que não
tenhas o que discutir;
Não ressones;

Não gostes de futebol;

Faz a barba todos os dias para a não arranhares;

Apaixona-te pelos parentes dela, até os chatos;
Passa os fins-de-semana em casa, com a tua sogra e
o seu cunhado;
E ri sempre das piadas dele;
Nunca reclames de nada;
Trabalha pouco e ganha muito dinheiro, para poderes
dá-lo todo a ela;
Diz a todo momento que ela é a mulher mais linda
que você já viste;
Elogia-a sempre quando ela vestir uma roupa, mesmo
que seja de todo dia;
Repara quando ela cortar o cabelo, mesmo que seja
apenas as pontinhas, e diz sempre que ficou lindo

segunda-feira, abril 28, 2008


estou em luta comigo mesmo.
em luta para não te ligar.
em luta para não pegar no carro e ir ter contigo, em luta para não estar contigo.
todas horas me vejo pegar no telefone e escrever o teu número.
não acabo de fazer a chamada, mas está aí todo o desejo de falar contigo.
quero falar contigo, quero ouvir-te, quero fazer parte da tua vida, mas não o faço.
escrevo o teu número e apago-o.
não é que não te queira ouvir, não é que não tenha tanta coisa para te dizer.
mas sei que não o queres ouvir.
sei que não me vais responder, sei que não queres que te diga aquilo que eu quero dizer.
daí, para quê ligar-te, se será só um telefonema de cortesia?
mas eu quero dizer-te as coisas, quero que as sintas como eu sinto, quero que ... quero.
daí não te telefonar, mas acredita que tenho esse vontade dentro de mim.
tenho esse desejo de estar contigo e tenho o peito a rebentar por não o poder fazer.
quero fazer parte dessa tua vida da qual me pões fora, quero fazer parte de ti.
por isso, não te telefono, porque não é aí que tu me queres, porque não é isso que tu queres ouvir, não é isso que tu queres...

quinta-feira, abril 24, 2008

à espera

é esta indefinição que acaba comigo.
não sei para onde me virar. será que ligo? será que não ligo?
passo a vida a olhar para o raio do telefone, mas não me traz boas notícias.
na verdade, nem boas, nem más.
e eu à espera.
à espera de não sei bem o quê.
talvez seja necessário um pouco de paciência, não sei, mas será que a consigo ter?
é isto que acaba comigo. é isto que me tira a pouca sanidade que ainda tenho.

domingo, abril 20, 2008

aspirations


será que tudo aquilo que queremos reside numa birra?
será que tudo aquilo que queremos se deve a uma questão de orgulho?
será que não podemos perseguir algo porque, simplesmente, acreditamos que é o caminho da nossa felicidade?
será que não podemos gostar de algo, ou de alguém, simplesmente porque gostamos?
terá de ser tudo por causa do nosso orgulho, do nosso ego ferido?
eu não acredito nisso.
pode haver quem acredite que tudo na vida dos outras, ou mesmo na nossa, se resume a um troféu.
contudo, não sou assim. não é desse forma que vejo as coisas, nem tão pouco como as sinto.
sou movido pelos sentimentos, sou movido por aquilo que me faz feliz.
eu busco essa felicidade. nada mais.
nãoa busco por buscar, nem a descartarei quando alcançar.
eu busco aquilo que me faz feliz e aquilo que gosto, que desejo, que amo.
será assim tão complicado de perceber?
será assim tão complicado de entender que não quero nada por querer, mas porque isso me faz falta, e porque eu posso fazer falta.
quero fazer falta, quero amar e ser amado.
não é um objectivo em si. é um caminho, e é um caminho que eu persigo sem ver como um troféu a alcançar.
é muito mais que isso, é muito para além disso.

quarta-feira, abril 16, 2008

o abraço


ele olha para ela.
ela olhou para ele.
no meio dos dois, apenas uma um campo e uma linha de comboio.
não interessa, pois ele sabe o que o espera quando chegar até ela.
mesmo sem ter ainda chegado, ele já sente os beijos e as carícias, já sente o seu calor e já lhe vem aos dedos o doce tacto da sua pele.
ainda sem a tocar, já a tocou.
ela olha para ele e lembra-se de como é sentir-se amada. fecha os olhos e sente a sua boca a laber-lhe o pescoço enquanto fecha os olhos e sente o seu doce aroma.
correm um para o outro.
a distância não importa. começam a correr um para o outro, começam a correr para o mundo que sabem que os espera, correm para a felicidade que nunca vai acabar. não interessa o quanto tem de correr para se tocarem, eles já o fizeram, já sentiram as carícias, já sabem que vai valer a pena.
só não percebem como estavam tão afastados, não percebem como foram para àqueles extremos, um sem o outro, vendo-o, mas não chegando até ao outro.
já não interessa, agora vão estar juntos, vão ser felizes.
continuam a correr, não sentem cansaço, não sentem dor, não sentem o suor que lhes salta do corpo.
eles já não sentem isso, só sentem aquilo que está para vir.
então correm e correm e correm.
correm até que ele chega à linha.
tropeçou e ficou prostrado no chão.
ela pára, leva as mãos à cabeça e descansa.
ele levanta-se e fica a olhar para ela, como se estivesse a admirá-la pela iltima vez antes de ser sua.
abre os braços e espera que ela lhe corresponda.
ela sente o gesto. começa a correr para ele de braços abertos.
ele continua à espera, vendo-a a correr para ser sua, só sua.
ela aproxima-se, ao que ele já mal aguenta com a antecipação, vai ser agora que vai encontrar a felicidade.
está quieto só tem de esperar, o amor vai cair-lhe no colo.
é agora, é a felicidade a invádi-lo.
solta um grito de contentamento mal conseguindo conter-se ao vê-la chegar até ele.
ouve-se um barulho,
o comboio passou-lhe por cima...

quarta-feira, abril 09, 2008

temporal lá fora!


gosto deste temporal qe se arrasta pela cidade.
posso não gostar muito da chva a molhar-me a roupa que teima em não secar, mas gosto de sentir a chuva a bater-me na janela, quando está escuro lá fora, gosto de ouvir a chuva cair-me em cima do carro enquanto conduzo para nenhum lugar em especial.
ste mau tempo faz-nos sentir aconchegados quando o vemos de fora, faz-nos acalmar enquanto estamos cá dentro.
de fora deste rodopio da natureza, daquela força que destrói e leva tudo à frente, sinto-me calmo, sereno.
gosto...

quinta-feira, abril 03, 2008

sabem?


sabem o que acontece quando queremos dar algo a alguém que não quer receber?
não damos. vai para o lixo.
sabem o que acontece àquele algo que alguém não não o queria receber?
é levado pelos técnicos de recolha de resíduos (os homens do lixo).
sabem para onde vai algo que alguém não queria receber?
vai para a lixeira.
sabem o que acontece na lixeira?
como ainda existem poucas pessoas que acreditam na reciclagem e na reutilização, o mais provável é ficar a apodrecer.
sabem o que é que acontece depois de apodrecer?
desaparece.
sabem o que acontece quando desaparece?
deixa de haver, deixa de existir, acabou.
sabem o que acontece à pessoa que não queria receber quando se apercebe que afinal quer esse algo?
fica sem nada, porque já não há nada para receber.
saber o que acontece à pessoa que queria dar a alguém que não queria receber?
fica sem algo para dar. já não tem algo para dar, seja a quem for.
sabem o que acontece quando aparecer alguém que quer receber?
também não vai receber pois foi algo que apodreceu. ninguém o recebeu nem ninguém poderá voltar a recebê-lo.
é a chatice de sermos efémeros: é que aquilo que nós temos para dar não dura para sempre. aquilo que temos para dar é frágil e não aguenta muito quando é posto no lixo.
ao fim e ao cabo, acabamos todos sem nada.
acabamos vazios.