sexta-feira, dezembro 21, 2007

matar, não matam.
mas que desmoralizam, desmoralizam.
lá começa um gajo a beber porque parece a atitude mais indicada, na altura.
copo aqui, copo ali, dança para aqui, dança para ali e, quando damos por nós, bem...já não damos por nós.
e continua-se a beber porque a vida nos corre bem, e continuamos a dançar porque, apesar da música ser uma merda, temos sempre de dar ser aquele look que até sabemos o que estamos a fazer.
e lá vai mais um copo, porque,agora, já não estamos a celebrar, mas aquele cigarro nos deixou com uma sede danada.
se calhar, não se pede água porque é muito cara nas discos. pedimos algo com alcool porque, já que temos sede, pedimos algo que nos deixe com um sorriso nos lábios.
dança-se mais um bocadinho e já nem sentimos as poucas horas de sono que tinhamos em cima.
afinal de contas, já que não dormimos ontem, também não há mal de não dormirmos hoje.
olha, mais um copo que daqui a pouco vou embora e não quero ir para casa com sede.
é que lá não há cuba libre e eu não gosto muito de misturas.
e lá dançamos mais um bocadinho.
será que estamos bebedos?
será que estamos a fazer figuras?NÃO.
somos os reis do mundo e os reis do mundo fazem o que querem.
olha ela.
vou meter conversa.
mas se calhar, é melhor ir beber algo primeiro porque não gosto de me meter com ninguém coma garganta seca.
e de repente, AI, se calhar, este último copo fez-me mal.
o que será que meteram lá dentro?
é que o mundo está a andar à volta.
espera, o mundo está a andar à volta e eu estou no meio...
fixe, já me sinto especial outra vez.
e lá vamos nós, numa dnça exótica. espera, não é exótica, mas o chão mexe.
estes construtores inventam cada coisa para nos dificultar a vida... assim, ainda caio. e depois, como é?
pois, parte um gajo uma perna e lá temos que levar aquilo para tribunal.
é chato.
estes gajos gostam é de nos dificultar a vida. assim, nunca mais chego ao outro lado da sala.
se calhar, é melhor beber qualquer coisinha porque o caminho parece ser longo.
imagine-se lá se me dá a sede no caminho. teria de voltar atrás e com este chão a mexer-se por debaixo de mim, é perigoso.
ainda caio.
o melhor é mesmo beber um copo...

quinta-feira, dezembro 20, 2007


quais são as minhas probabilidades?

who cares?

sinceramente, se nós estamos nesta vida, que acaba por ser miserável, devemos estar aqui pela viagem, pelas sensações, por aquilo que nos faz correr.

então se não der certo?

e se o plano não funcionar?

então, e se acabar por me foder?

bem, é fácil: fodi-me, lixei-me, tombei.

mas será que devo desistir de algo só pelo facto de poder falhar?

meus amigos, não é assim que funciona.

não é a isso que se chama viver.

pá, vamos à luta, por muito dificil que possa parecer.

e se for um esforço inglório?

bem, desde que morra de pé...

perdoem-me lá o excesso, mas...




...BOLAS QUE EU SOU BOM!!!

terça-feira, dezembro 11, 2007


parei, olhei-me no espelho, e não me reconheci.

sei que era eu naquele reflexo, sei que era a minha cara, mas já não era o eu que eu me lembrava de ser.

não sei quem era aquela pessoa que estava à minha frente.

não sei quem é esta pessoa em que me tornei.

já não sou eu, já não sou aquilo que os outros pensam que eu era.

já não sou.

não consigo perceber o que aconteceu para não me reconhecer.

não consigo perceber como mudei tanto.

não consigo perceber o que é que aconteceu para eu me tornar assim.

aquele ser que eu vi não é a pessoa que eu já fui.

já não há sonhos,

já não há esperanças,

já não há a alegria de simplesmente viver.

não sei o que fiz para acontecer isto, não sei quando é que fiquei assim, não sei como é que me posso ter tornado nesta figra que nem eu reconheço.

será que alguém sabe?

será que alguém o fez por mim?

será que alguém o fez a mim?

não sei, não quero sequer pensar nisso.

mas sei que já não sou o pateta que fui, não sou o sonhador que fui, não sou o apaixonada que fui.

dizem que "a fénix renasce".

esqueceram-se foi do facto que nem sempre as pessoas renascem para melhor...

de facto, provavelmente, renasci.

provavelmente, surgiu alguém novo, há tempo atrás.

provavelmente, ergueu-se outro ser no lugar do antigo.

mas não gosto desse ser. fico chocado com ele. fico abismado com os sentimentos que ele sente.

não é boa pessoa. não é um gajo porreiro.

é prático, é directo, é frontal, é sarcástico,

mas não sou eu.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

e o que é que eu faço da minha vida?
que rumo devo eu tomar?
o que me aconselhas?
projectei todos os caminhos, analisei todas as hipóteses, revi todas as vias possíveis.
e onde é que isso me deixa?
na mesma, se um destini, sem uma solução, sem uma alternativa favorável.
faça A, ou faça B, estou fodido, estou lixado, perdi.
qualquer caminho que eu tome está condenado.

terça-feira, dezembro 04, 2007


às vezes, vemos fantasmas.

eles existem, andam entre nós.

às vezes, assombram-nos.

não me refiro a almas daqueles que morreram.

refiro-me às coisas do passado que aparecem para nos atormentar.

esses fantasmas do nosso passado aparecem e vão.

não lhes podemos dar grande importância, mas sabemos que eles pairam à nossa volta.

é esse o grande problema do Homem: ser perseguido pelo seu passado, por essas lembranças que já pensava esquecidas e por aqueles que julgava já não existirem.

eles aparecem e vão.

mas enquanto aparecem , lá que fazem o seu estrago, lá trazem a memória, lá nos estragm o dia.

nem todos os fantasmas são maus, nem todos os fantasmas nos assombram.

alguns, trazem boas recordações, trazem a frescura de momentos felizes, trazem um sorriso de quem, também para eles, somo nós os fantasmas da sua vida.

todos temos esses fantasmas. nem só os temos maus, mas também os devemos ter bons.

é claro que, se pensarmos profundamente, são mesmo os maus que nos assolam.

será que esses portadores de memórias sofridas são os fantasmas, e aqueles que nos trazem a sensação de uma felicidade passada, os espíritos?

não sei bem, mas não creio.

nem todos os fantasmas nos podem trazer apenas o sofrimento de outros tempos, nem todos os espíritos nos trazem a felicidade de uma diferente era.

todos tem um pouco de tudo. a única coisa que pode variar é a intensidade do sentimento ido que eles trazem.

são todos fantasmas.

e, contudo, na verdade, fantasmas somos todos nós.

domingo, dezembro 02, 2007

lição de hoje: a representação do autor

num comment a um destes posts que cá "vomito", um(a) leitor(a) anónimo(a), deixei-me umas pequenas questões, com o conselho de fazer sobre elas um post.
bem, caro(a) anónimo(a), desafio aceite.
escreveu esta personagem "(nas relações)nada é fácil... mas representar um papel dificulta a coisa...será k representas?será k deste tudo? não cabe a mais ninguem do k tu próprio responder a isto... ".

Bem, agora, vamos lá deixar que as minhas palavras façam destas questões alguma coisa de jeito.

falando em relações, deixou-se explícito que representar papéis dificulta as coisas.
partindo daqui, acho que todos concordamos.
na verdade, se nas relações, em certas alturas, e agora é a parte mais ordinária, a representação de papéis acaba por ser benéfica, a verdade é que, quando representamos um papel, fora desses paramêtros, acabamos por erguer uma máscara que não permite à outra pessoa conhecer-nos com o realmente somos.
às vezes, porém, também nos temos de lembrar de uma coisa: há muitas pessoas para quem representar um papel é efectivamente uma forma de estar, já faz parte dessas pessoas. eu sei, já andei com pessoas assim...
~mas agora, indo à parte mais intimista que o(a) leitor(a) queria saber: "será que eu represento?"
bem, eu admito que não é uma coisa fácil de responder. talvez porque nem eu sei se represento, ou não.
pensando bem, e no que faço na minha vida, em todos os seus aspectos, terei que admitir que depende.
na verdade, todos nós representamos uma qualquer, ou várias personagens.
vá, admitamos, quando nos abordam na rua a pedir informações e nós somos muito simpáticos com a pessoa, estamo-nos um bocado a cagar para se essa pessoa dá com o sítio, ou não. aqui está uma personagem: " o sujeito prestável".
quando estamos em alguma esplanada, depois do empregado nos ignorar durante meia-hora, finalmente nos atende e nós pedimos "um café, se faz favor", aqui está outra personagem: " o tipo educado". nós não queremos pedir com delicadez. estamos fodidos com o gajo, mas somos cínicos porque fica bem.
bem, assim , também eu posso dizer que represento.
na verdade, eu eu represento muitas personagens: sou o sujeito simpático quando dá indicações, sou o sujeito que, quando está a trabalhar, se transforma num convencido porque, efectivamente, o trabalho se fez e de forma muito bem feita.
obviamente que, quando estou intressado numa rapariga, sou um sujeito simpático e disponível.
mas agora, questiono-me: "são isto personagens, ou serão apenas formas de agir diferentes porque estamos perante situações diferentes?"
bem, tenho de admitir. não são personagens, são estados de espírito diferentes porque não conseguimos agir sempre da mesma forma perante todas as situações.
mas enfim, se calhar , até já me estou a afastar um bocadinho do tema principal que acredito ser a dúvida se o autor deste modesto blog representa, ou não, nas relações.
bem, aqui posso ser muito sincero:NÃO, não represento nas relações.
na verdade, e se me permitem a redundância, deve ser a única altura da minha vida em sou realmente verdadeiro.
muitas vezes, isso pode magoar a outra pessoa, porque, vá, ser verdadeiro, acaba por ser cruel para alguém que, às vezes, só quer mesmo aquelas coisas com piada que as mulheres tanto gostam como, vá, que nós entremos em certos joguinhos que nós não temos paciência. depois cahteiam-se.
claro, não se faz isso quando se está realmente apaixonado, mas isso deve-se ao facto de, nessas alturas, nada nos irrita.
mas a verdade, é que, tam,bém, quando estamos muito apaixonados por um certo tipo de pessoas, a verdade, é que, sejamos nós próprios, ou uma personagem, acabamos sempre por levar por tabela.
vejam o caso de a outra pessoa ser incrivelmente desconfiada, insegura e ciumenta( também já me aconteceu).
bem, nesse caso, o que acontece é que, por muito verdadeiros que sejam quando dizem que querem ficar com essa pessoa, que a amam e que é a unica, na verdade, isso vai cair em saco roto.
ela não vai acreditar.
se lhe juramos, a pés juntos, que é a única pessoa que nós queremos, vai haver cenas de ciumes à mesma.
se nós garantimos que nunca acntreceu nada, na verdade, na cabeça dela, aconteceu e não ha como provar em contrario.
nestas relações, ha sempre duas formas de ver as coisas, ou melhor, duas alternativas e uma conclusão. nas alternativas, podemos sempre representar, e, dessa forma e de ouras, estar a enganar a pessoa com quem estamos, ou, na segunda alternativa, podemos ser verdadeiros, ser nós próprios e desejar que a outra pessoa nos veja como somos, como aquilo que está à frente dela.
é claro que, caso estejamos face a uma pessoa desconfiada como aquelas que eu descrevi em cima, de uma forma, ou de outra, só existe uma conclusão:"ele está a mentir".
depois, essas pessoas, e são as únicas que o fazem, perguntam-me se estoua representar.
espero ter respondido às questões que me foram colocadas.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Coisas que consigo fazer com relativa facilidade:
- rir-me,
- contar piadas,
- ser um bom confidente

Coisas que consigo fazer, apesar da relativa dificuldade:
- cozinhar,
- passar camisas a ferro,
- fazer-me entender quando estou com os copos

Coisas que não consigo fazer, em situação alguma:
- assumir compromissos,
- contar a velha mentira piedosa,
- ser cínico.

i'm what i'm...
so, fuck off...

sábado, novembro 10, 2007

e se a minha vida já tiver um destino marcado?
e se tudo o que acontece já estivevesse destinado para que possa cumprir um objectivo marcado?
e se eu não tiver qualquer tipo de escolha porque tudo o que faço por livre arbitrio já está, na verdade, destinado a acontecer?
e se eu estiver destinado a amar-te?
e se tu não estiveres destinada a fazer o mesmo?
o que hei-de eu fazer?
como hei-de eu ultrapassar isto?
mais, pergunto eu, estarei mesmo destinado a ultrapassar?
porque é que não tenho forças para que isto não continue?
porque é que te amo?

quinta-feira, novembro 08, 2007

queiramos ou não, a vida é um jogo.
às vezes ganhamos, outras vezes perdemos.
não vejo mal nenhum nisso.
de facto, às vezes, penso que temos que levar a nossa vida como se fosse um jogo de poker.
há que fazer acreditar no nosso bluff.
agora, sendo a vida um jogo de pokr, devemos sentir-nos culpados por ganharmos?
e se dessa jogada de bluff surgir uma cartada perfeitamente legítima?
devemos abster-nos de jogar?
não penso assim, mas há quem me faça querer pensar assim.
agora, vem a pergunta, se não podermos fazer o bluff que nosm leva a arrecadar o prémio, porque é que continuamos a jogar?

sábado, novembro 03, 2007


ja mal sinto a cabeça que se tenta levantar.

ja mal consigo sentir este corpo usado que teima em me deixar mal...

o alcool não me ajuda, mas é o que me faz viver.

é o que me anestesia desta dor que sinto, destes sentimentos de culpa, destes desejos que tudo fosse diferente.

garrafa, minha amiga, que me fazes ver um mundo diferente, um mundo semdor porque só há um sentimento depois de ti: a abstracção.

sinto nada porque estou anestesiado.

chateio-me com nada porque estou bebedo.

ai co o gostava de estar assim o dia todo, sem conseguir sequer pensar em pensar nos problemas.

quem me dera a mim , estar assim o dia todo par não pensar em ti, para não me sentir mal por não ter estado lá, pr não ter estado quando mais precisaste.

a mesma garrfa que me mata, leva-me a acreditar, ou pelo menos, convencer-me disso.me, que tudo foi pacifico, que aconteceu enquanto dormias, que não sofreste, que partiste sem saudades de mim, apesar das saudades que eu sinto de ti...

ai esta garrfa que se torna, a cada gole que lhe dou, minha amiga, porque me impede de sofrer, ou, se calhar, de me lembrar que também sofro...

sinto atua falta, ou talvez seja só a falta de que estejas a meu lado....

não sei, e a garrafa também já não me deixa pensar como deve ser, mas sinto a tua falta. seja por ti, seja por nós.

não sei, não sei.

e sofro por isso, mas quero que voltes a estar comigo.

quero que voltes ao meu lado, pelo menos para que possa saber que não foste embora.

preciso de saber que não acabou. que é só uma fase, que vamos voltar a encontrar-nos, que me perdoas por não ter lá estado, na hora, no momento, no final.

a garraf já não me deixa raciocinar, mas continuo o meu pensamento.

preciso que não te vás embora.

preciso que não me abandones, embora já o tenhas feito...

talvez esteja a ser egoísta. provavélmente sabes que estou, mas também sabes que sou assim...

provavélmente, a única pessoa que sabe realmente como sou.

ao menos, sei que fica o segredo guardado, que não o dirás a ninguém, mas revolta-me, e talvez seja a garrafa já afalar, mas custa.

sinto a tua falta, sinto falta de não ter a quem ligar, de não ter a quem confessar os meus pecados.

sinto falta de não conseguir ultrapassar os problemas porque o meu apoio já não está lá.

a garrafa, disso, já nada me diz.

na verdade, não me diz nada de nada, mas torna-me auente, sem resposta.

talvez seja o melhor por agora.

talvez não o seja, mas sinto a tua falta, sinto a tua ausencia, sinto que preciso de ti.

não estou sentido por me teres abandonado. sei que a culpa não foi tua, mas sinto-me sentido com Ele por te levar dessa forma.

talvez tenha sido pelo melhor, mas não compreendo porquê,

não entendo porque o fez,

não entendo porque teve que brincar contigo...

revolta-me isso.

revolta-me contra Ele, revolta-me contr todos os que não me entendem.

revolta-me que não perceba porquê.

sinto a tua falta.

quinta-feira, novembro 01, 2007

não vejo estrelas no céu.

quinta-feira, outubro 25, 2007


1984-2007

sexta-feira, outubro 19, 2007

este cansaço assola-me.
não é o cansaço do corpo, nem tão pouco o cansaço do espírito.
é simplesmente o cansaço.
quero lutar contra ele, e, ao mesmo tempo, entregar-me....
continuar, ou desistir?
lutar, ou render-me?
ser o inconformado, ou seguir o sistema?
não sei.
são dois caminhos.
aliás, como em tudo na vida, são dois caminhos.
talvez seja só confusão, mas o cansaço está lá.
talvez seja apenas a incerteza, mas o cansaço está lá.
talvez seja o não saber o que fazer.
talvez seja exactamente aquilo que sei que devo fazer.

segunda-feira, outubro 01, 2007


será que fizemos o suficiente?

será que fiz o melhor para ti?

será que consegui lá estar quando mais precisaste?

sei que não estive lá a toda a hora. sei que não fui o mais presente.

mas também sei que entendes e me perdoas por isso.

agora, não sei se consigo lá estar. não sei se aguento lá estar. não por ti, mas porque sei que a dor que vou sentir vai ser demasiado insuportável.

afinal de contas, foram muitas horas, muitas conversas, muitas confidências, muitas lágrimas e muitas alegrias.

e agora, agora não posso estar contigo. estou preso por um dever e por uma grande distância, assim como estou preso por um medo que meenche o coração.

mas, uma coisa é certa, e disso podes ter a certeza. que vou estar contigo e tu vais estar sempre presente no meu coração.

ensinaste-me a coragem,e espero que a tenhas agora.

ensinaste-me a compreensão e espero que tu não a esqueças.

ensinaste-me a amizade e só anseio que não me esqueças.

eu sei que o tempo não jogo do nosso lado, e sei que que...

eu não quero que...

não sei se aguento...

já nem isto consigo acabar.

mas digo-te, não tudo aquilo que ficou por dizer pois acho que não precisas de o ouvir para saber que o sinto.

digo-te apenas que estarei lá, seja lá onde for, contigo.

beijo

quinta-feira, setembro 27, 2007

o infinito...


acabamos sempre por ter menos do que queremos.

na verdade, até podemos ter aquilo que precisamos, e até podemos viver bem com isso, mas se fosse só mais um bocadinho...

ahh, como seria bom se tivesses tudo isso que queriamos. como seria bom poder esticar só mais um bocadinho e poder ter só mais um valor, uma nota, um desejo.

mas nem tudo é possível.

nem tudo é realizável, pelo menos com o mesmo esforço que se fez até agora.

mas, apesar disso, queremos sempre mais e devemos ser assim.

devemos querer o impossível.

devemos alcançar o inalcançável e, acima de tudo, devemos ir mais além.

por muito que nos custe, por muito que vá doer, por muito suor que haja.

ir mais além , ser mais forte, ser melhor.

é isso que devemos querer e é isso que devemos alcançar: o infinito, ou talvez mais um pouco.

terça-feira, setembro 25, 2007

estrelas, bons samaritanos, egoístas... Todos no mesmo saco.

o céu está limpo, mas não vejo as estrelas.
talvez seja das fortes luzes da cidade, não sei.
mas sei que não vejo as estrelas.
não posso dizer que me fazem realmente falta. afinal de contas, não é que tenham muito uso.
também não é que precise delas. afinal de contas, não é que me sirvam de muito.
contudo, não posso deixar de reparar que não estão lá.
quero-as lá. não porque preciso delas, mas porque já estva habituado.
são assim as coisas da vida.
queremos tudo, mesmo que não precisemos, apenas porque nos acostumamos.
bolas... como odeio eu esta mania de ser comodista.
talvez as estrelas não sejam bom exemplo, mas terá de servir.
afinal de contas, já todos estamos acostumados a olhar para cima e lá estarem elas para nós, ou assim pensamos.
elas não estão lá para nós. elas estão lá por elas e para elas, exactamente da mesma forma que nós, quando estamos, estamos principalmente por nós.
ajudar os outros, tal como se ensina na cadeira de economia política, não é mais do que uma externalidade positiva.
sim, porque mostrem-me o homem que faz tudo pelos outros e eu mostrar-vos-ei o homem que apenas o faz para se ajudar a si.
não é mau. de facto, até ajuda o sistema a evoluir, mas não me digam que o altruísmo não é a forma mais perversa de ser egoísta. é a verdade. aceitem-na.
mas, já agora, respondam-me lá a isto: e se, por acaso, a nossa forma de demonstrar egoísmo deixar de passar por ser o altruísta de serviço, o bom samaritano, the nice guy? passamos a ser maus? passamos a ser uns merdas?
bem, eu tenho uma resposta a isso: NÃO QUERO SABER. parte de ser egoísta também é não ter que responder a estas merdas.

segunda-feira, setembro 24, 2007

"no more mr. nice guy"

sinceramente, já estou um pouco farto dos queixume dos outros.
sinceramente, já estou um pouco farto de ser o apoio que todos procuram.
sinceramente, já é altura de pensar em mim.
sim, eu sei que me estou a tornar, vá, num cabrão.
então e depois?
até parece que sou o único.
já me fartei de me sacrificar pelo sofrimento alheio.
já me fartei de fazer as coisas em prol dos outros.
então e eu?
ah, pois é...

noutros tempos, as coisas não seriam assim, mas as coisas mudam.
já dizia o outro:
"mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades...." ou uma qualquer merda parecida com isto.

de facto, mudei.
de facto, estou diferente.
de facto, posso até chocar aqueles que não o esperavam.
contudo, não me choca a mim e, afinal de contas, não é isso que interessa?

estou diferente.
estou mais insensivel.estou mais cabrão.

talvez seja este o verdadeiro renascer da fénix.
talvéz seja só uma fase, como quando cortamos o cabelo, ou algo do género, mas não é assim que o sinto.

é bom?
é mau?
é-me indiferente.

contudo, uma coisa é certa:
citando as palavras de alice cooper, ""no more mr. nice guy".

quarta-feira, setembro 19, 2007

"Um mundo para construir..."


a inércia das pessoas irrita-me.

não me irrita quando a pessoa quer, ou precisa de, fazer algo e não faz porque não pode.

mas irrita-me quando o ser humano não age por pura preguiça, por não lhe apetecer, ou, simplesmente, porque não quer.

se nós sabemos que há algo para ser feito, então, fazemos.

não devemos ficar à espera que aconteça por si, para o bem ou para o mal.

teremos nós medo de descobrir?

e depois? mais vale saber do que morrer na ignorancia.

não quero entrar num post de frases feitas, mas, uma vez, houve alguém que me chamou a atenção para um ponto de vista.

disse-me ela que "se temos uma vida para viver, é porque temos um mundo para construir."

talvez na altura não me tenha feito grande espécie, mas agora que penso nessas palavras, agora, sei que estão correctas, que são sábias e que devem ser seguidas de forma quase cega.

não podemos ficar à espera que as coisas aconteçam.

temos que fazer as coisas por nós. mesmo que isso signifique que podemos sofrer mais cedo do que queremos.

é que também esse sofrimento faz parte da nossa vida.

por isso, vamos vivê-la, vamos senti-la.

não a vamos desperdiçar, não vamos ficar sentados a assistir a um espectáculo que podia ser nosso.

"se temos uma vida para viver, é porque temos um mundo para construir".

levantem esses cus do sofá e comecem o trabalho.

a tempestade


gostei da chuva de hoje.

quer dizer, não gostei da chuva em si, que de tanta que era, quase me fazia resvalar da auto-estrada.

mas apreciei o momento.

apreciei o facto de estar a conduzir enquanto o horizonte, em minha frente, se tornava cinzento escuro, quase preto, e não se distinguir onde começava o céu, ou acabava a terra.

e a chuva continuou a cair, até ao momento em que conduziamos cegos, sem ver nada à frente.

se repararem, ou pouco como acontece com a nossa própria vida.

de facto, até podemos saber onde, na vida, queremos chegar.

até podemos saber como lá chegar, mas nenhum de nós controla a "metereologia" que encontramos pelo caminho.

de facto, em todas as alturas do nosso caminho, encontramos uma tempestade que nos turva a vista.

a diferença para com os outros é que uns conseguem ultrapassar essa tempestade na vida. outros não.

a forma como lidamos com essa tempestade varia de pessoa para pessoa.

a forma como fugimos, ou a enfrentamos, a nós diz respeito.

afinal de contas, somo s livres.

afinal, ninguém manda em nós.somos espíritos livres.

não nos encurralem.

terça-feira, setembro 18, 2007

sinto-me velho e, contudo,
rodeado de juventude.
eles chegam,
cheios de ambições, sonhos e alegrias
e só estou lá eu para os receber.
eu, o fruto de uma outra era, o resquício de um passado que, embora não seja longinquo, já não faz parte do seu presente.
eles vem com sonhos para serem destruídos.
vem com esperanças que vão desaparecer.
tenho pena deles, ou tenho pena de mim.
não sei.
o que é pior,ter sonhos que desaparecem, ou os sonhos já terem desaparecido?

quinta-feira, setembro 13, 2007

Dedicado a ti! Sim, a ti...

Dedico este post a uma pessoa muito querida para mim.
na verdade, eu avisei-a que o ia fazer e ela ameaçou-me de porrada, mas como eu faço o que eu quero...
por motivos obvios, não vou revelar o seu nome. provavelmente, tambem não a conhecem, mas deviam conhecer.
antes de mais, porque é sempre bom conhecer pessoas novas. depois, porque é sempre muito bom quando se conhece esta pessoa(estás a ver? nem tudo o que escrevo ofende os outros...).
é uma pessoa que está sempre a dizer que eu sou, e cito, "um grande chato".
não sei se quando o diz é com um certo sentido carinhoso por trás, ou não. eu gosto de ir pensando que sim.
mas ela tem razão. eu consigo mesmo ser um grande chato, e ela que o diga pois é raro ter um momento de sossego quando estou perto dela. não é que o faça por mal, mas dá-me para estas coisas e, pensando bem, ela até tem razão nas coisas que me diz.
por exemplo, um simples tema, que não vou discutir aqui mas posso assegurar que é perfeitamente banal, tem sido tema de discussão nossa há, vá, três meses?
eu faço-lhe aquela simples pergunta, e tu nunca me respondes. na verdade, dizes que "depois vejo", mas nunca chega o "depois".
por isso, insisto.
ainda hoje lhe telefonei e fiz a pergunta da praxe, e mais uma vez,ela deixou-me pendurado.
sempre a mesma coisa. talvez por isso isto se esteja a tornar mais num desporto do que numa simples curiosidade.
mas uma coisa também te digo, menina M..., apesar de me chamares chato e teimoso, isso também se deve ao facto de também o seres. caso contrário, também já me tinhas respondido há, vá, não dogo há três meses atrás, mas sendo constantemente bombardeada com o mesmo assunto, pelo menos, há um mesito, não achas?
de facto, é assim esta pessoa. o seu maior defeito e a sua maior qualidade são exactamente a mesma coisa: é teimosa como uma mula. se calhar, é mesmo tão teimosa como eu.
aquilo que quer fazer, faz.
aquilo que não quer fazer, boa sorte se a conseguirem convencer.
faz o que quer e o que bem entende sem se preocupar com o que os outros dizem , ou deixam de dizer.
na verdade, é isso que admiro nela: essa auto-confiança que a muitos faz, ou se ñão faz devia fazer, inveja.
não digo que, neste ponto, seja tudo bom, mas é impossível não admirar, não apreciar, não gostar de uma pessoa assim.
tem muitos defeitos, é verdade.
tem algumas qualidades...cof cof... (desculpa, estou um pouco para o rouco...),
mas é por esta que se torna um desafio conviver com ela, e é por essa que também se torna tão gratificante.
a piada de eu estar a escrever este humilde texto, é que ele segue na sequência desta pessoa não me responder à minha pergunta.
a chatice é que, depois de ler isto, e eu sei que ela também faz parte do meu adorado público, muito menos me vai contar.
o mais provável é que me telefone a dizer que, efectivamente, eu sou um garnde estúpido, teimoso e um íncrivel chato.
posso-te adiantar que já estou preparado para isso.
se não o fizer, não será a pessoa teimosa que eu pensava conhecer.
de qualquer forma, aqui fica o meu pequeno tributo para essa menina que tantas dores de cabeça consegue dar, quando quer.
não obstante, espero que gostes.
Beijo e boa sorte para o exame de amanhã. @»-

Quem é que nunca se sentiu assim?

When I'm looking in your eyes
Everything seems to fade away
After all these years we had do I know you now
Have I trusted blindly in your love, too many times
You said: "hey, my love, I'm sorry but we can't go on 'cause
I'm in love with someone else"
Tell me, what do you want me to say
When you treat me this way
Oh, I love you, maybe
And I hope it goes away
Oh, how I want you daily
I know it's gonna stay
You are so self satisfied
Always ready for a ride
Double crossing, lousy cheat, love you anyway
You have warm and tender devils soul, you are so low
I can hear you say:
"I'm sorry, should we still go on,
I'm not in love with that someone else"
Tell me, what do you want me to say
When you treat me this way
Oh I love you, maybe?
And I hope it goes away
Oh, how I want you daily
I have found the whore in you
Why can't I tell you no
Time will show, the last word is for me
If you fail to see the problem we have, one room full of walls
Jar of love isn't dry until the last drop falls
The moment I will step aside, you're ready for another ride
Walking in the cool night air without underwear
You have red light burning in your soul,
I've seen the glow
In every dream
I have I say: "I'm not in love with you"
But every day I say I do
You have messed with my head so many times
Forced me to love you
Now that...
I have found the whore in you
Why Can't I tell you no
Time will show, the last word is for me
If you fail to see the problem we have, one room full of walls
I will try until the last drop falls...

segunda-feira, setembro 03, 2007


para ela...

quarta-feira, julho 25, 2007


nunca o meu nome junto a um número tinha feito tanto sentido.

nunca, numa situação destas, me tinha sentido com uma energia tão forte.

consegui. cumpri aquilo que me tinha imposto a mim mesmo e, acima de tudo, não desiludi aqueles que depositaram a sua confiança em mim.

foi aí que não me apeteceu festejar. pelo menos, festejar da forma que sempre faço.

meti-me no carro e meti-me na auto-estrada. eram 400 kms, estava cansado, ainda não tinha comido nada, mas isso não me demoveu. fiz-me à estrada com o desejo de aproveitar o pouco tempo que tenho, com o desejo de abraçar a família, de ver os amigos e de, acima de tudo, voltar a ver a minha terra, voltar às minhas origens, sentir-me integrado, de novo.

o cansaço era grande, mas também o era a vontade de ver a terra que me criou.

admito que o carro voou e nem o medo das multas me demoveu. eu ia continuar até chegar pois tinha que festejar.

não era apenas um festejo comum.

era o festejo que nunca tinha sentido na vida. era a sensação de dever cumprido. o sentimento que alcancei todos os meus objectivos.

era esse sentimento que me movia, assim como era ele que me trazia uma sensação estranha. não era aquilo o fim. é apenas o começo de algo muito maior. é o surgir de novos objectivos. é o nascer de novas ambições.

contudo, era um sentimento tão forte que não me deixava pensar direito. era um sentimento que me pôs a chorar.

não eram lágrimas de dor, não eram lágrimas de trsiteza,mas eram as minhas lágrimas de vitória. as minhas lágrimas de contentamento. as minhas lágrimas de querer mais.

foi com essas lágrimas que esqueci, por momentos, todos os outros e que me fizeram olhar só para mim.

estava feliz. estava, não. estou feliz.

feliz pelo que atingi e, sobretudo, por tudo aquilo que ainda vou vou alcançar.

não obstante, ainda não estar nada acabado. na verdade, ainda mal começou, mas, mesmo assim, só um pensamento me acompanhou durante esses 400 kms:

"EU CONSEGUI."

segunda-feira, julho 23, 2007

Resposta ao Blog Ipsis Verbis

Cinco livros que me marcaram.

1º- " O Amor é fodido" de Miguel Esteves Cardoso.
Li-o numa altura em que me fez perfeito sentido e captou-me desde as primeiras linhas pois me identifiquei logo com a frustração do eu lírico. "Quem me dera que ainda estivesses viva. Apenas o tempo suficiente para te matar.

2º- "O maçon de Viena" de José Braga Gonçalves. Muito fiquei eu a pensar nas maquinações que se encontravam por detrás da reconstrução da Velha Lisboa. Ainda por cima, à altura em que o li, morava na Baixa Pombalina.

3º- "Apocalipse Nau" de Rui Zink. Por ser o fim anunciado do mundo numa perspectiva de quem, na verdade, o desconhece e, no Fim, nada realmente acontece.

4º- "O Fiel Jardineiro" de John La Carré. por ser uma história de amor intensa que se desenrola, depois, apesar, e acima da morte da mulher que ama. A prova que o amor não é algo instantâneo.

5º- "O evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago. Por ser polémico e por trazer uma visão diferente dos dogmas que temos como certos.

Passo a desafiar outros cinco:

Meghy, do Blog Ambloguidades.blogspot.com
Muro das Lamentações,do blog palavrasquevoam.blogspot.com
Vera, do blog caliceporpura.logspot.com
bruno, do blog cenasdosamigosdobruno.blogspot.com
momentos, do blog maniadosucesso.blogspot.com

segunda-feira, julho 02, 2007

sem destino...

peguei no carro.
fiz-me à estrada. segui sem destino, sem local para ir. não era o meu objectivo chegar a lado algum, mas afastar-me de onde saí.
segui, segui, ao sabor do vento e ao som de uma qualquer canção. segui sempre, até o carro dar o berro. não fiquei chateado, não gritei. saí do carro e continuei a andar. andei até ao mar, onde entrei sem sequer tirar as calças.
porque o fiz?
não sei. não estava a fugir de nada. não estava a fugir dos meus problemas, não estava a fugir de ninguém. apenas cedi a uma loucura de chegar a lugar algum sem, sequer, pensar se conseguia voltar.
andei até o carro dar o berro. continuei a andar até não haver mais terra para caminhar.
o que tinha na cabeça? nada, com excepção de um vão objectivo de ir, de correr, de sair de um lado sem ter que chegar a outro.
conduzi, andei, nadei sem olhar para trás, sem pensar no passado e, muito menos, sem ver o futuro.
fui eu, no presente, o único tempo que realmente existe, a única altura que realmente importa, o único momento que realmente interessa.
sou doido?
talvez, mas também já fiz coisas "piores".
arrependo-me?
de absolutamente nada.
quis fazê-lo e fiz. sem pensar, sem reflectir, sem planear. simplesmente, fui.
fui livre por momentos. livre de regras, livre de destinos, livre de um passado e de um futuro que mais não existem que não na nossa cabeça.
fui livre de amor, fui livre de sofrimento, fui livre de mim próprio...
e, por momentos, deixei de ser aquilo que esperam de mim, deixei de ser aquilo que eu próprio exijo de mim.
por momentos, fui sem o ser.


ps: o carro está na oficina.

sexta-feira, junho 29, 2007

pequenas coisas...

um sorriso.
uma palavra.
um gesto.
uma companhia.
um abraço.
um beijo.
pequenas coisas.
serão essas pequenas coisas suficientes?
serão essas pequenas coisas o nosso contentamento?
ou será que devo procurar algo mais?
será que devo tentar alcançar uma nova barreira?
será que sei o que estou a fazer?
será que tenho certeza daquillo que sinto?será que tu tens a certeza daquilo que eu sinto?
será que há mesmo certezas?
será que há futuro?
será que temos presente?
será?
ou estarei a imaginar?
será que está tudo na minha cabeça?
ou, será que existe mesmo?

terça-feira, junho 19, 2007

"live free or die trying..."


a rotina mata-nos.

acordar,trabalhar,vegetar, dormir,acordar,trabalhar,vegetar,dormir.

não suporto a rotina. não suporto que aconteça sempre a mesma coisa, não suporto estar sempre preso ao mesmo compromisso.

a rotina acaba por nos matar, sabem?

talvez não mate tão depressa como uma bala e, provavelmente, também é mais lenta que um cancro. mas acreditem, embora o processo seja lento, o desfecho é rapido. acontece num ápice, tal como nos atirar-nos de um prédio abaixo.

a rotina é uma seca, a rotina é uma morte anunciada.

felizmente, é das poucas doenças, sim, eu acho que é uma doença, que tem uma cura quase miagrosa. quer dizer, desde que o "ser" (esta tem direitos de autor, mas não te preocupes que tos pago...) se aperceba que caiu nessa rotina e que queira fazer algo por si.

de facto, há muito boa gente, e alguma má, que cai na rotina sem, sequer se aperceber, e, depois, não consegue sair dessa situação.

criam uma tanta habituação a fazer sempre a mesma coisa, ir sempre aos mesmos sítios, estar sempre com a mesma pessoa que começam a acreditar que já se trata de amor.

na verdade, essa habituação não traz a felicidade ou o amor que essas pessoas pensam ter. apenas cria uma ilusão de que é o que se passa pois quando tomam consciência, se é que algum dia a vão tomar, que já não conhecem mais nada.

aí é que o ciclo vicioso estraga tudo. deixamos de ser (erróneamente) felizes, para nos tornarmos mártires de uma causa que nos toma a vida como baixas em combate, mas sem o sangue. esse já o perdemos a pensar que estavamos a viver.

dou-vos um conselho: fujam à rotina, sejam imprevisiveis e tornem-se pessoas diferentes, quiçá mesmo, felizes.

não custa muito. de facto, nem é preciso dinheiro para fugir à rotina. só precisamos de ter consciencia que "parar é morrer", que cair na rotina é cair num poço sem saída.

depois, só precisam da vontade de cometer uma loucura, de fugir de uma rotina que nos aniquila e apaixonar-mo-nos. apaixonar-mo-nos pela vida, por aquela pessoa especial que nos espera, quiçá, apaixonar-mo-nos por nós próprios, na falta de melhor termo.

saiam à rua, vejam o sol, vejam a lua, dancem à chuva, peguem no carro e guiem sem destino até ficarem sem gasolina e, depois, peçam boleia sem destino.

sejam imprevísiveis, sejam apaixonados, mas não se deixem matar por uma rotina que nos engana.

é que, um dia, no futuro, vamos olhar para trás. nessa altura,vão lembra-se de levar aquela vida enfadonha, rotineira, ao lado de alguém que pensamos gostar ou, antes, vão lembra-se que correram riscos, aterraram no mundo e transformaram-no na vossa ostra, que arriscaram sair da casca e alcançaram o sucesso e, mesmo que não o tenham alcançado, ao menos, tem aquela satisfação, aquele sorriso porque morreram a perseguir esse objectivo?

a escolha é vossa. eu já fiz a minha.

quarta-feira, junho 06, 2007

O MEDO...

há umas horas atrás, conversava com uma amiga. uma daquelas conversas sem grande sentido, maioritariamente para avacalhar, mas, no meio da conversa, surgiu um tema que me inquieta:"onde estaremos, daqui a 10 anos?"
sei que toda a gente acaba por se interrogar com questões destas, de uma forma, ou de outra.
aparecem num minuto e desaparecem no outro. no fundo, não lhes damos muita importância. porquê? bem, por um lado, porque se as nossas expectativas de sucesso no trabalho, no amor e na vida acabam por nos pôr com um sorriso na cara, no minuto seguinte, acabamos por perceber que isso, muito provavelmente, não passa de uma fantasia.
depois, começamos a interrogar-nos sobre se vai ser mesmo assim, ou, antes, se não vamos acabar na miséria, sozinhos e infelizes.
penso que isto seja normal, mas assusta-nos. quanto mais não seja, porque todos esperamos encontar o sucesso, fazer as escolhas certas e ser felizes, mas o ser humano é, por natureza, medroso, não gosta de arriscar e, dessa forma, é muito mais provavel que encontremos a vida mediana que não queremos.
temos medo disso. temos medo de falhar e, provavelmente, vamos acabar por falhar devido a esse medo.
o medo é uma coisa terrivel e é o que acaba por nos prender a uma realidade na qual não queremos viver.
é esse medo que nos leva a fazer a segunda melhor escolha, se é que isso existe.
é esse medo que nos prende a um chão poeirento e não nos permite voar mais alto.
é esse medo que não nos deixa arriscar em algo novo, por muito melhor que seja, porque não gostamos de sofrer desilusões, ou sequer, pensar que as podemos ter.
contudo, não lhe podemos chamar medo. a sociedade de coninhas que não arriscam não nos deixa. pensam que "conformismo" é uma palavra muito mais bonita.
como estão eles enganados.
o conformismo é a mesma coisa que o medo e é esse medo que nos leva a não alcançar os nossos sonhos.
basicamente, o meu ponto de hoje é muito simples: ARRISQUEM, NÃO TENHAM MEDO, E PODE SER QUE ALCANÇAM ALGO MUITO MELHOR.

sábado, junho 02, 2007

sinto...


sinto-me distante, inquieto, nervoso e preocupado com aquilo que sinto que não devo.

não sei porque é que me sinto assim. na verdade, se calhar, até sei, mas não percebo.

a minha vida não é má de todo. não tenho tudo o que quero mas, como diz o outro, "também não sou uma pessoa de posses".

contudo, não se justifica que ande a desperdiçar a minha vida, a ter ideias que não vingam e projectos que não levantam.

sinto-me cansado de ter algo na cabeça.

sinto-me farto de não conseguir ser feliz.

sinto-me sem forças por não estar nas minhas capacidades.

sinto os meus amigos a desvanecer e sinto-me a desaparecer da vista deles.

não por culpa deles, mas porque me estou a transformar.

sinto-me alguém que não sou.

sinto-me alguém de quem não gostaria, mas não tenho remorsos, não tenho emoções.

sinto-me, cada vez mais, como uma máquina.

mas não consigo sentir que isso seja mau.

não consigo sentir a alegria dos outros e sinto a paz com as suas agonias.

o que se passa comigo?

como é que eu paro isto?

como é que volto a ser quem era?

mas será que quero voltar a antigamente?

será que quero voltar a ser tolo?

será que quero voltar ao sofredor silencioso?

não sei. nem sei se quero saber.

sou um novo eu.

alguém mais confiante.

alguém mais perigoso.

alguém mais capaz.

não sei.

quero ter paz, mas será que, realmente a quero?

será que quero o que os outros querem?

ou será que quero o que mais ninguém pode ter?

não sei, e calculo que vocês também não...

sexta-feira, maio 25, 2007

"ai que tenho problemas"

ter problemas não serve de desculpa.

às vezes, as pessoas, a maioria delas, fazem coisas pouco sociais, não respeitam, passam à frente de uma fila de gente que espera.

às vezes, dão a desculpa de estarem com problemas, da vida delas "ser uma merda", de serem umas desgraçadas.

não sei bem porquê, não me interessa. "com os problemas dos outros, posso eu bem..." já diz o povo. e tenho que admitir, o povo está certo: todos nós temos problemas, todos nós temos que os enfrentar, ou viver com eles. caso todos dessemos uma desculpa de "ai que tenho problemas, a minha vida é uma merda, não sou feliz, ai que ninguém me curte...". meus amigos, e amigas, se a vossa vida é assim tão má, pá, matem-se, acabem com ela.

agora, não me venham dar a desculpa da vida ser uma merda para passar à frente de uma fila e ser cínico com aqueles que, de facto, respeitam.

eu sei, não é típico de mim andar a dar lições acerca de normas do trato social.

de facto, não é.

mas a resposta a isso é simples: egoísta como todos somos, não me interessa que não respeitem as filas, as regras de trânsito, a merda de um lugar no cinema. não admito é que me prejudiquem a mim por causa disso.

todos temos problemas e, sinceramente, estou-me a cagar para isso. é-me indiferente que tenham problemas, ou não. eu também os tenho e nem por isso ando a desrespeitar os outros.

mas, por acaso, é engraçado, com merdas como estas, ainda começo a pensar que ter problemas, pode ser a melhor coisa que acontece a uma caramelo. "ai que tenho problemas, vou passar à frente dos outros..." pá, os vossos problemas não me interessam e não se venham fazer de vítimas. se calhar os problemas não são o sinal de a nossa vida ser "uma merda". podem ser Karma, pode ser o destino a trazer até nós a merda que fizémos aos outros.

assim, se a vossa vida é assim tão má, bem, só vos posso dizer uma coisa: vocês não são obrigados a estar vivos.

segunda-feira, maio 14, 2007

fracture


este fim-de-semana fui ao cinema.

como podem adivinhar pelo título, fui ver o "fracture" , com sir anthony hopkins.

sinceramente, adorei o filme. melhor, adorei o enredo, melhor ainda, adorei a trama.

é daqueles filmes que nos prendem à cadeira porque mal acreditamos no que está a acontecer.

já era um grande fã de sir anthony hopkins, especialmente, pela inteligência da personagem "Hannibal". aqui, mais do que a sua inteligência, admiro o seu calculismo, o faco de balear a sangue frio, provocando-lhe morte cerebral, servir-se do amante dela para se ilibar e, depois, simplesmente, desligar-lhe a ficha cometendo homicidio qualificado perfeitamente lícito. admitamos, é brilhante.

na verdade, podemos dizer que todos somos um pouco calculistas.

que venha alguém dizer que não tem um plano qualquer para chegar a lado algum, que eu digo-lhe que é um mentiroso.

todos temos um plano, seja para ter sucesso, seja para controlar as massas, seja para cometermos o homicidio "licito". todos temos um plano, uma agenda que tencionamos cumprir.

não quero com isto dizer que todos o conseguimos. a maioria dos planos acaba por não se concretizar , ou por falta de coragem, ou, simplesmente, porque não somos tão bons como gostariamos de ser.

independentemente disso, todos queremos algo e já visionamos, na nossa cabeça, como o fazer.

agora, se o vamos fazer...

será medo? falta de coragem? respeito pelo próximo?

aqui, já todas as desculpas servem.

contudo, quer-me parecer que só não o pomos em marcha porque, na verdade, não somos assim tão bons...

const3.blogspot.com

Convido-vos a visitar.
não é nada de especial mas, uma vez que tinha que fazer um trabalho, mais vale deixá-lo à vista de todos do que apenas à consideração do assistente.

sábado, abril 28, 2007

Resposta ao desafio do blog ipsisverbis.blogspot.com

7 coisas que faço bem (ou que tento fazer bem):
- ouvir
-beber
-o nó da gravata
-divagar
-fugir de compromissos
-arranjar sarilhos
-encomendar comida

7 coisas que não faço (ou não sei fazer):
-ser cínico
-passar camisas a ferro
-exercício
-seguir uma linha pré-definida
-abstrair-me dos problemas dos outros
-esquecer-me das responsabilidades
-fazer o jantar

7 coisas que me atrem no sexo oposto:
-o desafio
-a personalidade
-o sorriso
-o traseiro
-a frente
-a "putice"
-o saber cozinhar

7 coisas que digo frequentemente:
-"coiso..."
-"fodasse..."
-"pó caralho..."
-"isso é fixe..."
-"quer dizer..."
-"podia ser pior..."
-"podes contar comigo..."

7 actores ou actrizes:
-sean connery
-pierce brosnan
-anthony hopkins
-marcia cross
-angelina jolie
-jodie foster
-monica bellucci

Desafiar outros 7:
-delirantementefeliz.blogspot.com
-palavrasquevoam.blogspot.com
-maniadosucesso.blogspot.com
-kemoalquimista.blogspot.com
-www.gatofedorento.blogspot.com
-jumpkid.blogspot.com
-barvelho.blospot.com

quinta-feira, abril 26, 2007

inside

há coisas que são complicadas de tirar da cabeça.
há coisas que são difíceis de tirar da cabeça.
há coisas que são impossíveis de tirar da cabeça.
por muito que se tente, estão sempre lá. não digo que para nos atormentar, mas a marcar uma presença que se pode tornar incómoda.
porque não saem da cabeça? não sei bem. às vezes, porque são fortes, porque teimam em não ir embora, porque continuam a existir, mesmo que sejam apenas uma voz baixa e rouca que continuamos a ouvir.
outras, pelo simples facto de não querermos que se vão embora, porque insistimos para que se mantenham conosco.
são essas que mais me assustam.
afinal de contas, se algo não se vai embora porque não vai, ultrapassa o nosso poder. não podemos fazer nada, não podemos lutar.
agora, se não partem porque não conseguimos lutar contra elas, porque insistimos para que continuem aqui, conosco, dentro de nós, então, estamos perante uma grave situação.
se, nas primeiras, temos que nos resignar, nas segundas, entramos em conflito conosco.
sabemos que têm de se ir embora, mas não deixamos. não queremos deixar, não podemos deixar.
mas se isso nos faz mal, porque o fazemos? fácil, pelo medo do vazio, pelo medo de não haver nada que prencha aquele espaço, pelo medo que aquilo, afinal, não seja assim tão mau.
acontece a todos, numa, ou noutra altura e é isso que nos corrói, que nos corrompe, que nos vence. não essas coisas que não vão embora, mas nós próprios.
é essa a nossa grande luta: a luta interior do homem contra esse próprio homem.
e é, provávelmente, a luta mais perigosa que alguma vez vamos travar. afinal de contas, como posso eu lutar comigo próprio e vencer?

segunda-feira, abril 23, 2007

e assim foram quatro anos...
foi a minha relação mais longa com o que quer que fosse. nem numa casa consegui aguntar tanto tempo...
quatro anos é muito tempo. já estava habituado, já não era novidade.
"mas porquê mudar?". bem, para melhor, muda-se sempre, como diz o outro, "mas tu não mudaste para melhor", dizem muitos. " a idade não te faz confusão?" perguntam sempre.
bem, na verdade, a idade nunca tem grande coisa
a ver.
quando se quer algo, não é a idade o motivo nos demove. talvez o sentimento de mdo de ficar "apeado no meio da estrada", mas não a idade.

sexta-feira, março 23, 2007

jagger was right


jagger tem razão.


"you can't allways get what you you want, but, if you try sometimes, you get what you need".


Sempre achei que a lírica desta canção era um pouco, vá, para o deprimente.

Afinal de contas, que raio de conselho é este que nos diz que nem sempre conseguimos o que queremos? pessoalmente, era um pouco deitar abaixo os sonhos de alguém, mantê-lo agarrado a um mundo terreno, um chão duro e um realidade que não nos permite sonhar com voos mais altos.

era a mesma coisa que dizer que nunca teremos aquele emprego, aquele carro, aquela mulher, aquele filho, aquele cabelo que sempre sonhamos ter.

assim, cada vez que entrava no carro e ouvia aquela música, dava comigo a andar devagarinho. não porque a música me acalmava, mas porque me deprimia "like hell".


and then, algo mudou.


não há muito tempo, eu queria tudo. queria o céu e o inferno, queria o sucesso desmesurado e queria aquilo que não podia ter.

quando vi que o meu projecto, a minha ambição, a minha demanda ia falhar, fiquei ainda mais deprimido porque vi que não ia alcançar aquele ponto, aquele pico, aquele...nirvana.

não teria o sucesso que estava à espera, não teria a ovação que ambicionava.

de facto, não aconteceu assim, mas aconteceu.

tentei de tudo, fiz tudo. admito que suei, admito que me preocupei, mas o sucesso veio.

não da forma desmesurada que eu sonhava, não com a enchente que eu queria, não com o sentido que eu queria que fosse.

aconteceu de forma diferente. não de uma forma pior. apenas diferente.

o sonho acabou por se realizar. de uma forma mais comedida, mas aconteceu.

no ínicio, estava lá o sentimento de derrota mas, ao longo do tempo, comecei a ver o sonho a realizar-se. comecei a sorrir, comeceia aceitar.

foi muito bom. diferente do que estava à espera, mas muito bom.

sorri, brilhei e o mundo era outra vez meu.

nesse dia, voltei para casa e lá estava jagger no rádio. lá estva a música que me deprimia, mas não o fez desta vez.

pela primeira vez, percebi a quela lírica. nesse dia, voltei devagarinho para casa. não porque estava deprimido, mas porque estava realizado.

podemos nem sempre ter o que queremos. agora vejo isso, porque o que queremos pode ser demasiado para nós, podemos não aguentar, podemos derreter as nossas asas de cera a caminho do sol, mas se tentarmos, se sonharmos moderadamente, se nos dedicar-mos um bocadinho, nós conseguimos aquilo de que precisamos.

jagger was right. you can't allways get what you want, but if you try, sometimes, you get what you need.

terça-feira, fevereiro 20, 2007


abri uma garrafa. já há muito tempo que nadava andava a precisar disto.
não que não houvesse oportunidade de apanhar um pifo, mas porque há muito tempo que não conseguia cumprir este ritual.
sim, para mim, é um ritual. a espera e a expectativa, o escolher do vinho certo e o abrir da garrafa.
para mim tudo isso é um ritual, tal como fumar um charuto.
bebo-a sozinho e, se não a fizer, fico chato.
muitos dirão que é triste essa mania de beber sozinho. não acho que seja assim.
nós bebemos em público, náo por nós, mas pela aceitação dos outros, parar sermos reconhecidos no grupo. não vejo as coisas assim. quando abro uma garrafa, não a torno a fechar até que esteja vazia, assim como a bebo sozinha pois, no meu entendimento, é um privilégio beber com a pessoa de quem gostamos. assim, bebo sozinho porque sou a pessoa em quem mais confio.
a garrfa já está quase vazia. tão bom este ritual onde nos esquecemos que existe um mundo lá fora, onde não existem problemas para além daqueles que escolhemos ter.
às vezes, neste estado, vejo como é boa a vida de um sonhador pois, este, tal como o bebado, também se abstrai de um mundo que o magoa. somos felizes neste estado. é essa a verdade.
ah, como desejo eu estar constantemente neste estado. não posso, mas desejo-o. está tudo bem, ninguém chateia, ninguém julga pois esse mundo é nosso. mas não é o que acontece. temos que voltar à dura realidade.
por isso, gosto destes momentos programados para beber, pois são esses momentos que me fazem esquecer que sou humano como os outros.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

egoísmo

ás vezes, ponho-me a pensar em coisas estupidas.
bem,nesses momentos, lembrei-me das palavras de uma amiga minha. qualquer coisa sobre a perda e sobre a falta que os outros nos fazem.
depois das palavras dela, fiquei, de facto, com a dúvida: "porque é que sentimos saudades dos outros. é por eles,ou será, antes, por nós?"
bem, a resposta é simples e egoista: "é por nós".
de facto, nós só sentimos a falta daqueles que nos dizem algo, daqueles que nos tocaram, daqueles que nos fazem falta. e reparem, eu uso o termo "nos" com um sentido. é que até podemos fazer falta a alguém, podemos ser tudo para alguém, podemos, até, ser o centro do mundo para alguém mas, se esse aguém não nos fizer falta, se não nos tocar, se não nos dizer akgo, então esse alguém vai sentir a nossa falta, mas nós nem vamos dar pela falta dessa pessoa, não vamos falar dela, não vamos, sequer, ter um impulso de ir ao seu encontro.
isto é uma forma muito egoísta de evr as coisas mas, certamente, é a forma mais lógica.
por muito boas pessoas que sejamos, todos nós somos egoístas, todos nós sentimos um impulso para colocar as nossas necessidades à frente das dos outros.
isto não é mau. muito pelo contrário. sinceramente, não sei se consigo sentir saudades de alguém que não põe os seus sentimentos à frente dos meus pois sei que essa falta de egoísmo é, acima de tudo, uma falta de qualquer tipo de ambição. seria a mesma coisa que sentir a falta de uma ameba.
mas enfim, não vamos divagar mais. voltemos à parte do egoísmo. é esse egoísmo que nos move e é esse egoísmoq que nos faz mover. e não me venham com essa história de "ai eu não. eu não sou minimamente egoísta". meus amigos, só tenho para vos dizer: ou são completamente normais, ou são uns grandessíssimos mentirosos. não me venham dizer que não olham primeiro para vocês e só depois para os outros. não me digam que, se virem uma nota perdida no chão, a vão deixar lá para que o próximo a passar fique com ela.
não é assim que as coisas funcionam. não é assim que nós funcionamos.
nós sentimos a falta dos outros por sermos egoístas, nós vivemos porque somos egoístas. podemos ser muito, podemos ser pouco, mas somos.
é assim que funcionam as coisas. é a lei da vida

terça-feira, fevereiro 13, 2007

liberdade de expressão!

chegou ao meu conhecimento, através de terceiro, que este blog é considerado ofensivo.
ao que parece, existem pessoas que se ofenderam com estas minhas húmildes palavras e spbre as diversas considerações da minha vida e, ao que parece, da deles.
meus "amigos", a única resposta é esta: "TODOS PRÓ CARALHO, ESTOU-ME A CAGAR PARA O QUE VOCÊS PENSAM".
tomei café, hoje, com uma pesoa amiga. ao que parece, alguém, cujo nome não vou dar, contou-lhe que a ofendi ( a essa pessoa incógnita) nestas páginas demonstrando, assim, uma falta de maturidade extrema.
pois bem, não estou interessado no que essa pessoa diz.
afinal de contas, este blog, mais do que vos distrair por uns momentos, serve para expressar a minha visão da vida, os meus pensamentos e os episódios da minha vida que, na MINHA opinião, velem a pena ser contados.
depois, não sei se algum dos leitores já reparou mas, à excepção do post dedicado à minha amiga ALEXANDRINA e para o qual obtive uma autorização prévia, nenhum dos restantes posts faz qualquer referência a nomes que possam identificar a pessoa de quem falo.
assim, se alguém vem dizer que eu o(a) ofendi no meu blog, em posts que não comportam qualquer nome ou referencia especifica, então, quer-me parecer que existe uma certa sede de protagonismo. não que seja mau. muito gente sofre do mesmo mal, mas se vem dizer que post x fala de pessoa y sem que o mesmo identifique essa pessoa, quer-me parecer que está à procura de uma luz na ribalta. só pode porque, para falar mal de mim, os meus leitores já devem ter percebido que o consigo fazer sozinho.
ora, se eu não falo dessa pessoa em concreto, porque raio não hei-de dizer o que me vai na alma?
é que, afinal, ainda existe aquela coisa...como é que se cahama,mesmo?...humm,...ah, já sei: LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
pois, se existe liberdade de expressão e, como diz um amigo meu, se "as opiniões são como as vaginas:cada um tem a sua e dá-a a quem quer", porque raio não posso eu postar o que quiser?
sinceramente, para aqueles que se sentem ofendidos, se calhar "até vos serve a carapuça" mas, uma vez que eu não vos identifico, se não querem ser referidos, pá, estejam calados e ninguém sabe quem vocês são.
se, mesmo assim, continuam com o dói-dói, bem, a minha caixa de comments não comporta censura de nenhuma forma pelo que poem aí exercer o "vosso" direito ao contraditório.
se não a querem utilizar,bem, também sabem todos quem sou eu e onde me podem encontrar para tirar as vossas teimas.
agora, se acham que o blog é ofensivo, bem, só vos posso dizer que o blog é meu e aqui escrevo o que vejo, o que sinto mas, acima de tudo, AQUILO QUE QUERO!!!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

podre


tenho saudades de casa. não são saudades daquelas em que queremos ver a família o mais depressa possível.
são, antes, aquelas saudades de quem se quer ir embora e começar uma nova vida.
não, não estou deprimido, não andoa beber para esquecer ou sequer a pensar em desistir do curso.
simplesmente, quando este acabar, apetece-me sair daqui, voltar às minhas origens e mudar de ambiente.
a minha terra é linda. sim, eu sei que é isso que toda a gente diz e que é só para passar férias porque não conseguimos viver longe de lisboa.
não é disso que falo. quero voltar lá para cima, quero trabalhar lá, viver lá, quem sabe, ser feliz por lá.
a esta hora, já não conheço ninguém por aquelas bandas. sabem que mais? óptimo, é mesmo isso que um gajo precisa para se poder recomeçar tudo.
quando ceguei cá, era um míudo. tinha sonhos e ambições.
bem, as ambições ainda cá estão. os sonhos é que se desvaneceram.
lisboa faz-nos disto. se, para além disso, andarmos na fdl, está o caldo todo entornado.
uma faculdade de direito, a melhor do país, com os melhores professores e com os melhores assistentes. não é assim que a vejo. a imagem que passam é exactamente isso: uma imagem, daquelas que se passam numa brochura de publicidade. mas não é assim que se passam as coisas. a ética, por lá, não existe. a diligência, muito menos, e todos confiam num nome que há muito está morto.
mas não posso culpar a faculdade. ela é, pura e simplesmente, um reflexo das pessoas que lhe dão vida. ela é o fruto de uma sociedade e a cara de uma gente. se a sociedade à sua volta não é melhor, porque raio havia de ser a faculdade uma ilha nesse mar de filha-da-putice?
não tem. ela é o fruto da sua época.
de facto, o meu problema não é com ela, nem com as suas gentes.
o meu problema é com este interminável ciclo em que os valores já não são atendidos, a ética não é respeitada e a lei não passa de uma trave que facílmente se levanta.
por isso me quero ir embora, antes que seja consumido por este sistema, antes que me faltem as forças para resistir, antes que me deixe deliciar por este sistema corrupto que neste idade habita.
quero-me pôr a milhas, para o meu bem. uero ir para um sítio mais simples, daqueles sítios onde as coisas ainda são como as vemos. é isso que eu quero.
acredito que este post ofenda muita gente. compreendo perfeitamente, mas não estou, sinceramente, peocupado com isso. afinal de contas, o blog é meu, assim como a opinião.
se não gostam, existe a caixa dos comments onde podem exercer o vosso direito do contraditório ou, ainda, o direito de não comentarem e presentear-me, assim, com a vossa indiferença. é-me igual.
agora, que esta cidade está podre, só não vê quem não quer, ou quem não lhe convém.

domingo, fevereiro 11, 2007

VERITAS

"And the truth shall set you free."

sábado, fevereiro 10, 2007

o ciclo


a vida é, de facto, um ciclo vicioso.
"sim, grande novidade que tu nos trazes...sempre podias dizer algo que não fosse tão óbvio, não?" dirão os poucos, mas bons, ou talvez não, leitores deste sítio de quem não tem mais nada que fazer, mas, enfim, o blog é meu, escrevo que me vem à cabeça.
contudo, não deixa de ser engraçada esta constatação. é que, normalmente, as pessoas veem a vida (ou direi,antes, mísera existência?) como um conjunto de reacções em cadeia: "toda a acção comporta uma reacção" dizem eles com o rei na barriga.
lamento, mas, nesta minha humilde ignorância, só vos posso dizer que estão redondamente enganados. na verdade, a vida é composta por essas reacções, mas não com essas pessoas.
assim, em vez de alguém nos fazer algo, digamos, um profundo desgosto amoroso, não quer dizer que os nossos actos vão incidir sobre essa pessoa que nos magoou, traumatizou, ou coisas assim.
não, os nossos actos, frustrações, medos e inseguranças formam a bela de uma armadura afectiva que se vai reflectir na próxima desgraçada que nos apareça à frente.
é isto injusto? sem dúvida. vamos magoar alguém, ainda que sem essa intenção? óbvio que sim.
vamos lixar essa nova relação? tão certo como a morte.
e para quem ainda não tinha percebido, no nosso ciclo de intervenientes, já chegamos àquele terceiro que, segundo a "doutrina tradicional da acção-reacção", não deveria para aí ser chamado.
mas como a vida não é regida por essas teorias fixas, esse terceiro, ainda que inadvertidamente, vai fazer tudo aquilo que se queixava no segundo mas para com um quarto, e por aí adiante.
"bem, por esta perspectiva, estamos todos condenados a tornar-nos em valentes cabrões e audaciosas putas", já diz o leitor.
não, isso já não é verdade. é que, de facto, essa faceta de cabrões e putas sempre existiu dentro de nós. sempre lá esteve, umas vezes, bem a descoberto, outras, adormecida à espera desse fusível para nos iniciar. mas descansem, nem tudo está perdido. ainda existe, por aí, algures, ouvi dizer, gente que consegue controlar essas facetas.
sinceramente, não sou uma delas.
a vida é um ciclo vicioso e não há grande coisa a fazer.
o melhor conselho que vos dou é que apreciem a viagem enquanto dura. pode ser que até seja eterna...por seis meses.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

hoje, sinto-me particularmente desinspirado.
não é que não o esteja todos os dias em que aqui escrevo algo. nesses dias, trata-se, pura e simplesmente, de uma total falta de talento do gajo que escreve cá.
hoje é diferente. além da já referida falta de talento, existe um deficit de inspiração que até a mim me preocupa.
se calhar, a culpa é da máquina. não desta em particular, mas do facto de ver obrigado a passar os dias à frente do computador. até tem a sua ironia, se pensarmos que gosto tanto de computadores como de lavar a loiça. quer dizer, até gosto menos do que lavar a loiça...
mas enfim, o bloqueio é meu e vocês não são obrigados a levar com ele, assim como não são obrigados a levar comigo.
quando me sentir mais apto para escrever, eu prometo que não vos desiludo...muito.
bem, talvez desiluda, mas nada de especial. talvez apenas tanto como um casal jovem ao fim de cinco anos de casamento, mas não mais que isso.

domingo, fevereiro 04, 2007

mais um...já não falta tudo...


e mais um que passou.
sem grandes alaridos, sem grande festa.
porquê? é fácil: porque não havia nada a festejar.
as pessoas devem festejar os factos que são grandes , na vida, os acontecimentos para os quais contribuíram, as lutas que ganharam e aqueles que perderam.
sinceramente, acho que só devemos festejar aquilo que merece ser festejado pelo nosso trabalho, pelo nosso esforço.
foi por isso que não festejei. foi um dia como os outros pois, na hora da celebração, me apercebi que não havia nada, naquele dia, que fosse digno de se festejar.
"que péssimismo", muitos dirão, mas não o é.
pura e simplesmente, não é o facto de estarmos vivos que nos dá o direito de fazer uma festa. não é o facto de se repetir o dia do nosso nascimento que nos dá o direito de nos sentirmos especiais.
sim , há sempre as mensagens de parabéns a nos lembrar que somos especiais e que, sem nós, a vida no universo não teria sentido, mas já repararam como são essas mensagens sempre tão genéricas? é que não se dão parabéns em concreto. porquê? porque ninguém se consegue lembrar, em concreto, de alguma merda de jeito que fizémos e com a qual contribuimos para uma sociedade.
mas enfim, este já passou. faltam os outros. só espero que, pela altura dos meus 26 anos, já me possam dar parabéns concretos acerca de algo concreto que eu fiz nesta vida concreta. aí, sim, sou bem capaz de celebrar esse facto de estar vivo.