domingo, dezembro 02, 2007

lição de hoje: a representação do autor

num comment a um destes posts que cá "vomito", um(a) leitor(a) anónimo(a), deixei-me umas pequenas questões, com o conselho de fazer sobre elas um post.
bem, caro(a) anónimo(a), desafio aceite.
escreveu esta personagem "(nas relações)nada é fácil... mas representar um papel dificulta a coisa...será k representas?será k deste tudo? não cabe a mais ninguem do k tu próprio responder a isto... ".

Bem, agora, vamos lá deixar que as minhas palavras façam destas questões alguma coisa de jeito.

falando em relações, deixou-se explícito que representar papéis dificulta as coisas.
partindo daqui, acho que todos concordamos.
na verdade, se nas relações, em certas alturas, e agora é a parte mais ordinária, a representação de papéis acaba por ser benéfica, a verdade é que, quando representamos um papel, fora desses paramêtros, acabamos por erguer uma máscara que não permite à outra pessoa conhecer-nos com o realmente somos.
às vezes, porém, também nos temos de lembrar de uma coisa: há muitas pessoas para quem representar um papel é efectivamente uma forma de estar, já faz parte dessas pessoas. eu sei, já andei com pessoas assim...
~mas agora, indo à parte mais intimista que o(a) leitor(a) queria saber: "será que eu represento?"
bem, eu admito que não é uma coisa fácil de responder. talvez porque nem eu sei se represento, ou não.
pensando bem, e no que faço na minha vida, em todos os seus aspectos, terei que admitir que depende.
na verdade, todos nós representamos uma qualquer, ou várias personagens.
vá, admitamos, quando nos abordam na rua a pedir informações e nós somos muito simpáticos com a pessoa, estamo-nos um bocado a cagar para se essa pessoa dá com o sítio, ou não. aqui está uma personagem: " o sujeito prestável".
quando estamos em alguma esplanada, depois do empregado nos ignorar durante meia-hora, finalmente nos atende e nós pedimos "um café, se faz favor", aqui está outra personagem: " o tipo educado". nós não queremos pedir com delicadez. estamos fodidos com o gajo, mas somos cínicos porque fica bem.
bem, assim , também eu posso dizer que represento.
na verdade, eu eu represento muitas personagens: sou o sujeito simpático quando dá indicações, sou o sujeito que, quando está a trabalhar, se transforma num convencido porque, efectivamente, o trabalho se fez e de forma muito bem feita.
obviamente que, quando estou intressado numa rapariga, sou um sujeito simpático e disponível.
mas agora, questiono-me: "são isto personagens, ou serão apenas formas de agir diferentes porque estamos perante situações diferentes?"
bem, tenho de admitir. não são personagens, são estados de espírito diferentes porque não conseguimos agir sempre da mesma forma perante todas as situações.
mas enfim, se calhar , até já me estou a afastar um bocadinho do tema principal que acredito ser a dúvida se o autor deste modesto blog representa, ou não, nas relações.
bem, aqui posso ser muito sincero:NÃO, não represento nas relações.
na verdade, e se me permitem a redundância, deve ser a única altura da minha vida em sou realmente verdadeiro.
muitas vezes, isso pode magoar a outra pessoa, porque, vá, ser verdadeiro, acaba por ser cruel para alguém que, às vezes, só quer mesmo aquelas coisas com piada que as mulheres tanto gostam como, vá, que nós entremos em certos joguinhos que nós não temos paciência. depois cahteiam-se.
claro, não se faz isso quando se está realmente apaixonado, mas isso deve-se ao facto de, nessas alturas, nada nos irrita.
mas a verdade, é que, tam,bém, quando estamos muito apaixonados por um certo tipo de pessoas, a verdade, é que, sejamos nós próprios, ou uma personagem, acabamos sempre por levar por tabela.
vejam o caso de a outra pessoa ser incrivelmente desconfiada, insegura e ciumenta( também já me aconteceu).
bem, nesse caso, o que acontece é que, por muito verdadeiros que sejam quando dizem que querem ficar com essa pessoa, que a amam e que é a unica, na verdade, isso vai cair em saco roto.
ela não vai acreditar.
se lhe juramos, a pés juntos, que é a única pessoa que nós queremos, vai haver cenas de ciumes à mesma.
se nós garantimos que nunca acntreceu nada, na verdade, na cabeça dela, aconteceu e não ha como provar em contrario.
nestas relações, ha sempre duas formas de ver as coisas, ou melhor, duas alternativas e uma conclusão. nas alternativas, podemos sempre representar, e, dessa forma e de ouras, estar a enganar a pessoa com quem estamos, ou, na segunda alternativa, podemos ser verdadeiros, ser nós próprios e desejar que a outra pessoa nos veja como somos, como aquilo que está à frente dela.
é claro que, caso estejamos face a uma pessoa desconfiada como aquelas que eu descrevi em cima, de uma forma, ou de outra, só existe uma conclusão:"ele está a mentir".
depois, essas pessoas, e são as únicas que o fazem, perguntam-me se estoua representar.
espero ter respondido às questões que me foram colocadas.

2 comentários:

Anónimo disse...

lol, não respondeste à questão... isto era mais no sentido retórico da coisa... auto-interrogação, porque kd nos auto-interrogamos por vezes respondemos às nossas questões. Quem sabe então se depois um dia akela pessoa especial não nos diz: hoje é o dia!!! Não leves a mal mas como romÂntica que soum, leio algumas vezes o blog,pork já vi que também o és de forma angustiada... não foi p te irritar. Continua a escrever.

Anónimo disse...

lol, não respondeste à questão... isto era mais no sentido retórico da coisa... auto-interrogação, porque kd nos auto-interrogamos por vezes respondemos às nossas questões. Quem sabe então se depois um dia akela pessoa especial não nos diz: hoje é o dia!!! Não leves a mal mas como romÂntica que soum, leio algumas vezes o blog,pork já vi que também o és de forma angustiada... não foi p te irritar. Continua a escrever.