quarta-feira, outubro 25, 2006

tempo

o tempo é, sem sombra de duvida, o nosso pior inimigo. quer dizer, se bão contarmos com a própria pessoa e com os seus inimigos.
o tempo é um senhor feudal, um esclavagista, um oportunista e nós somos seus servos, seus escravos, seu leito matrimonial onde lhe fazemos as suas vontades.
este é um post de resignação. afinal de contas, contra os nossos outros inimigos, existem sempre formas de os vencer, de os levar ao cansaço, de os humilhar e de os fazer sentir na pele a merda de pessoa que são. já o tempo vence sempre.
podemos até chegar atrasados a qualquer sítio, mas o filme já começou. o tempo venceu. podemos ir até ao bar porque estamos cheios de fome, mas já o professor nos marcou falta porque o relógio dele é soberano. o tempo vence de novo. podemos até fazer directas, sentirmo-nos mais jovens que nunca, mas as rugas aparecem, assim como o reumatismo e um eventual ataque cardiaco. isto é a forma do tempo nos dize que já passamos do prazo de validade e já é altura de deixarmos espaço aos mais novos que võ cometer os mesmos erros que nós. o tempo volta a vencer e, desta vez, o round final.
é impossível lutar contra o tempo. ele não nos dá descanso e é sob as suas regras que vivemos.
depois, em defesa do tempo, existe um grande aliado: nada mais, nada menos que a sociedade, o sistema e o direito.
assim, não se vale a pena lutar contra o tempo. o melhor que temos a fazer é usá-lo porque o cinema vai continuar a não esperar por ninguém, o assistente vai continuar a marcar a falta e o nosso patrão só não nos vai continuar a despedir porque só trabalharemos para ele uma vez,.
não lutem contra o tempo porque é feio e não leva a lado nenhum.
cheguem a horas e façam todo o mundo feliz.

1 comentário:

ATG disse...

O tempo é relativo. Já dizia o outro: se estamos com uma miúda de quem gostamos, o tempo passa depressa; se estamos com uma aborrecida, demorará uma eternidade a passar.
Cabe-nos procurar as "miúdas giras da vida" (podem levar isto à letra se quiserem), para podermos aproveitar bem o tempo que temos, tendo em vista algo que queremos atingir.
Ainda assim, é tramado e faz parte do ser humano, estar sempre à espera de qualquer coisa no futuro e não se dar por satisfeito com o presente.