quarta-feira, abril 15, 2009

As melhores amigas

Tenho uma amiga que anda à procura de casa e, quiçá, outra rapariga com quem dividir a renda, e a casa, já que tem de ser.
Isto deixou-me a pensar.
As mulheres movem-se sempre aos pares. É uma coisa natural, e não adianta começaram a barafustar que vocês não são assim e só se forem as outras porque, convenhamos, vocês são mesmo assim.
Não tenho nada contra esse facto das mulheres se moverem aos pares. É perfeitamente natural, tanto como os homens se deslocarem em manada para o estádio de futebol ou irem tomar uma (várias) cerveja com os amigos.
Tal como os homens se movem em manada para esses e outros sítios, as mulheres fazem o mesmo. Podemos dizer que é uma questão de sobrevivência. Afinal contas, uma míuda sozinha na noite pode configurar uma situação perigosa, assim como, mesmo que ela procure essa situação perigosa, convém ter sempre alguém a seu lado.
As mulheres também se deslocam e vivem aos pares por questões de inteçligência emocional.
Afinal de contas, uma mulher sozinha vai sentir-se sempre mais fragilizada ao encetar um qualquer contacto com o macho dominante. Por outro lado, se tiver a sua “wing woman” ao lado, ela vai sentir-se poderosa o suficiente para o diminuir, gozar com ele, ou mesmo levá-lo a perder a cabeça com as suas graças e propostas porque sabe que estará segura com a sua amiga ao lado.
É assim que funcionam as mulheres. Vivem juntas, morrem juntas, “Bad girls for life”.
Contudo, há uma coisa a salientar neste fenómeno comportamental da amizade feminina um requisito que tem de ser cumprido de forma a que esta ligação possa dar frutos e não quebre como copos de cristal na prateleira da jaula do elefante:
Os dois espécimes de género feminino, de forma a que sejam as melhores amigas, não podem ser as duas aquilo a que os homens cientificamente classificam de “PODRES DE BOAS”.
É verdade, e sim, eu sei que sou um porco chauvinista e um cabrão sem sentimentos e um merdas e tudo o mais que me quiserem chamar.
Contudo, reparem bem à vossa volta.
As mulheres rodeiam-se de outras mulheres, mas, nesse grupo existe uma hierarquia psicológica e a verdade é que só pode haver uma fêmea dominante.
É ela a “GAJA BOA” que faz o grupo mover-se e também é ela que tem a maior descontracção para levar os interesses do grupo adiante. Também é a fêmea dominante que saca o primeiro macho.
Atenção, não estou a dizer que nesta relação de amizade entre mulheres, uma tenha que ser gira e a outra obrigatoriamente feia. O que estou a dizer é que uma não pode nunca ser tão gira como a outra.
Isto acontece porque as mulheres necessitam de se afirmar nas suas relações, nas suas vidas e na forma como são vistas pelos outros.
Ora, aí está o motivo pelo qual duas mulheres incrivelmente boas não podem ser amigas: deixaria de haver a miúda menos gira e, consequentemente, a fêmea dominante o que iria colocar em causa toda a ordem dos seus universos.
A miúda menos gira existe por uma questão de contraste, de fazer a outra parecer ainda ,melhor e claro, não sendo uma ameaça à fêmea dominante, é a única em quem esta pode confiar.
Do lado da fêmea submissa, acontece o mesmo. Até pode ser gira, mas não tem confiança suficiente para agir sozinha, ou então é mesmo um estafermo.
Ela, por seu lado, dá graças por se dar com uma fêmea dominante que a acolhe e permite fazer parilha com ela.
Afinal de contas, com a fêmea dominante, ela será notada e, mesmo que, do par, seja a segunda escolha, terá sempre muito mais hipóteses de sucesso.
Assim, vemos na amizade feminina uma relação de subserviência de um espécime em relação ao outro, o que nos permite aferir do grau de calculismo existente na cabeça de uma mulher.
Pronto, podem agora as minhas leitoras vir ao de cima e, após insultar-me, argumentar que que tem as melhores amigas e todas vocês são podres de boas e tesudas e isto e aquilo.
Nesta situação, só vos posso dizer uma coisa: na vossa relação de amizade com outra mulher, não serão vocês a fêmea subserviente?

1 comentário:

Pippa disse...

eu...eu limito-me a fechar a boquinha e baixar a cabeça de modo envergonhado perante este post...! LOOOL!