terça-feira, maio 12, 2009

acordar

finalmente encontro algum tempo para vir dizer um "olá" àqueles leitores que ainda não se cansaram de passar por aqui e encontrar sempre o mesmo.

para voces, "olá".

estes últimos tempos tem sido, para mim, um tempo de instrospecção.
como se à distancia de um estalar de dedos me pudesse esconder da humanidade que me rodeia, assim o fiz.
depois de uma noite, de repente, a noite dentro da minha cabeça se fez dia e podemos dizer que eu acordei para o mundo, para o meu mundo.
as ideias tornaram-se claras e podemos dizer que, pela primeira vez na minha vida, eu vi.
e aquilo que eu vi, não foi bonito. a abertura dos meus olhos permitiu-me olhar para o dentro do meu ser, das minhas escolhas, daquilo que alcancei e daquilo que sempre quis alcançar.
aquilo que eu encontrei à nova luz dos meus olhos foi, simplesmente, o silêncio de uma noite escuro de onde eu julgava ter acordado.
apercebi-me disso e, espero, apercebi-me disso a tempo.
eu sei que ninguém muda da noite para o dia e eu mais não sou, apesar de nunca o admitir, mais do que humano.

apercebi-me que não sei da minha força, apercebi-me que não sei onde foi parar aquela pessoa que eu era e que, porra, aquela pessoa que eu adorava ser.
tenho saudades de ser essa pessoa. essa é a verdade. sinto falta da minha vida, sinto falta da minha garra, sinto falta de ser o senhor do meu destino.

em poucas palavras, sinto falta de mim, sinto falat de ver os meus objectivos bem longe e sorrir porque iria ser uam caminhada memorável.

sinto falta de sentir e foi nisso que acordei. acordei para o meu dia que continua a ser noite porque deixei de ser eu, deixei de sorrir ferozmente perante uma adversidade.

eu apercebi-me que eu já não era eu.
e digo-vos, pior que estar morto é olhar todos os dias para um cadáver.

foi nisso que acordei. agora, o que tenho a fazer é simples. aliás, posso dizer que já começou a minha "libertação". dentro em breve, vocês saberão do que falo.
até lá, ainda é muito cedo e ainda não passa mais do que um desejo.

por enquanto, vou à luta, vou começar de novo a fazer aquilo que sempre me fez.
vou voltar a ser eu, custe o que custar, doa a quem doer, mesmo que me magoe a mim.

vou ter que ir em frente e encontrar aquilo que eu perdi.
aquilo que eu perdi é muito mais importante do que aquilo que eu alguma vez posso encontrar pelo caminho: eu.
perdi-me e vou encontrar-me, vou procurar os meus objectivos, vou procurar os meus sonhos, vou procurar os meus "daqui a quatro anos", vou procurar o meu espírito caído, vou encontrá-lo e vou erguer-me.

provavelmente, não escreverei muito por estas bandas até alcançar aquilo que eu me proponho, mas voltarei a fazê-lo.
prometo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Como refere Alberto Caeiro,
"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver."

Boa Sorte para essa "caminhada" que aparentemente atravessas...

Musa disse...

ai...a tua afilhada do nome estranho, não se limitou só a passar como a APENAS (E vais gozar com isto porque não devia ser NENHUMA) constitucional por fazer (acho que so acabo quando o Jomi morrer). E tem algumas saudades do padrinho dela - chama-lhe masoquista! - e do quanto ele lhe moía a paciência.
portanto, quando estiveres muito desocupado, lembra-te de um café com ela...
A gerência agradece! -.-'