quinta-feira, outubro 09, 2008

tinhas razão


alguém, certo dia, me falou de uma teoria.

fazia algum sentido, apesar de nenhum de nós percebermos muito bem the point.

contudo, fazia sentido.

era algo sobre as coisas acabarem.

as partes decidem (ou uma decide), vai cada um para seu lado e ficamos por ali.

faz sentido. afinal de contas, se acabou, porque raio é que não iria cada um para seu lado?

é que nem faria sentido ser de outra forma.

pá, e não é mau. afinal de contas, já lá dizia castelo branco (o vergílio. não o josé) que "a morte de amor é coisa que um tal de garrett inventou"... e não é que o homem ( que vá, convenhamos, também tinha uma legitimidade daquelas para dizer isso, mas...) até estava certo?

mas enfim, não me desviando muito do assunto.

as pessoas continuam. fazem a sua vida, às vezes bem, outras nem tanto, mas vão vivendo.

são bons estes intervalos.

é nessas alturas que as pessoas olham mais para o que está à sua volta e, depois de um sofrimento que é sempre compreensivel ,as que acaba por passar, acontece.

lá vem, de tempos a tempos, depois de já não haver mais nada, um "eu estou aqui".

já repararam no quão verídico isto é?

lá no fim de um mês que já não lebra a ninguém, depois de não se estar à espera de rigorosamente mais nada, lá vem um telefonema, uma mensagem, porra, até um e-mail, só a dizer "ola, ainda ando por aqui...".

não percebo qual é o objectivo disto.

afinal de contas, não se diz aí, se pensarem, nada.

não há ali sentimento, não há preocupação. se respondermos, nem uma resposta de volta há.

não serviu para nada, a não ser para nos lembrar que ainda existe.


pensando nestas coisas, tenho de me virar para ti e dizer-te que tinhas razão, assim como eu também estava certo quando te expliquei que servia esse acto para "marcar o território".

2 comentários:

Anónimo disse...

Bem, não sei se era para mim a parte final deste "post", mas resolvi deixar-te um extracto do que escrevi em 24.07.08 "Confesso que inicialmente esta questão me aborrecia mortalmente! Mexia com os meus valores profundamente enraizados e parecia-me um abuso.Agora habituei-me a conviver com o tema e - além de ter "vacinado a minha árvore " contra "cães" com a mania que são líderes da matilha - adoptei uma estratégia diferente: quanto mais os "miúdos" do meu passado insistem em demarcar como seu o meu território, mais força de vontade eu ganho para me aventurar na busca de um novo "macho-dominante".A única que sai a ganhar é a minha auto-estima, certo?!!!" Que o pessoal tente marcar como seu o meu território é um problema que é deles, que isso me afecte é uma escolha minha... e eu escolhi estar-me nas tintas para os tolos que fazem xixi nas árvores uma vez por mês - tanto que nem os comento mais no meu blog! :)

Meghy disse...

Seja para quem for... sabes que partilho a ideia. Quando acaba acaba. Custou a aprendizagem, mas na verdade há que respeitar o que o outro já não sente. Por muito que doa. Depois a mensagem... o melhor é quando não existe. Aprendi que se não resulta à primeira, dificilmente volta a resultar... Tenho saudades tuas. De alguma maneira.
Beijo