quinta-feira, fevereiro 19, 2009

esticar a corda!


às vezes, é preciso saber quando parar.
é difícil, mas é necessário.
todos temos dificuldades em fazer isso, mas, se não controlarmos os nossos impulsos, acabamos sempre por provocar danos.
vejo isso todos os dias. desde o sujeito que acelera, acelera, acelera até não poder mais porque embala na adrenalina e depois não consegue evitar a mancha de óleo na estrada; como o gajo lá do escritório que cada vez que começa a falar de algo, não consegue parar e fala e fala e fala até ao momento em que acaba a falar sozinho porque as outras pessoas começaram a ficar enfadadas e voltaram ao trabalho(!); como o sujeito que disse à mãe que tinha saudades do bacalhau que ela fazia no forno e, então, passou três dias seguidos com bacalhau a ser-lhe servido...
são coisas que acontecem. as pessoas entusiasmam-se e querem mais. depois de quererem mais, já viciadas nessa nova sensação, não aguentam sem esticar mais um bocadinho para verem até onde é que sonseguem chegar.
é normal, i guess..., mas não quer dizer que a normalidade deva ser a regra, ou o comportamento de esticar a corda incentivado.
é que, perante este comportamento, até podemos pensar que vem grande mal ao mundo se a corda partir.
até pode não vir. à priori, quem se lixa é quem abusa.
pois, mas não tenhamos ilusões, não é assim que funciona este mundo.
se pensarem, por exemplo, na estória do sujeito que não pára de acelerar, o nosso (fraco) sentido de moralidade até pode levar-nos a dizer que "se não pára e tem um acidente, é muito bem feito e merecido".
somos é capazes de nos esquecer que na faixa contrária vinha alguém que acaba por se magoar também.

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