domingo, fevereiro 22, 2009

passou-me pela cabeça.

estou sériamente a pensar em trocar de carro.
não, eu não vi a luz, não, eu não deixei de gostar dele, nem avariou ou coisa do género.
começo é a ver que está um pouco descontextualizado da minha vida.
afinal de contas, convenhamos, se por um lado, eu adoro o facto de ter um pré-clássico a mero par de anos para aceder ao estatuto de clássico e, consequentemente, aumentar o seu valor de mercado (sim, um carro pode ser um investimento bastante lucrativo), eu adorar a forma confortavel mas decidida como pisa a estrada e, acima de tudo, adorar o facto de como aquela estrelinha brilha ao sol durante o dia, ou como espelha toda a vida em seu redor à noite, por outro lado, o certo é que eu tenho um carro de um segmento acima, confortável, mas com...bancos a mais.
apercebi-me disto na sua visita semanal à lavagem. depois de o lavar, chegando à hora de abrir as portas e empunhar o aspirador, eis que me deparo com a realidade que os meus tapetes traseiros estavam completamente imaculados. na verdade, já estavam imaculados por volta da mesma altura na semana passada e nas semanas anteriores a isso.
ora bem, para os tapetes de trás estarem em tão higiénica condição, só há mesmo uma conclusãoa tirar daí: os bancos de trás não forma usados.
assim, uma vez que nem nesta, nem na outra, ou nas anteriores semanas, os bancos não foram usados, eu sou obrigado a perguntar: "então, para que é que eu tenho um carro espaçoso atrás, se ninguém se senta lá?".
pois, tendo em conta que o meu carro tem bancos atrás, que não são usados, e não os posso retirar, porque ficaria extremamente estranho e seria um acto inútil, então, não me vejo com outra conclusão que não: "tenho um carro familiar e não tenho família. se calhar, tenho o carro errado...".
e pronto, foi à conclusão que cheguei.
eu adoro o meu carro e desejo ficar com ele, mas não me quer parecer que esta seja a altura de ficarmos juntos. não é que ele não esteja preparado para mim. eu é que ainda não tenho as condições que me lavam a usufruir dele na totalidade das suas competencias.
afinal de contas, sou um homem solteiro, sem família por perto e, as vezes com que saio com mais do que uma pessoa, uso o táxi porque já sei que é dia de copos. assim, não devia ter o meu mercedes 190.
devia andar num outro tipo de clássico. algo mais arrojado, mais desportivo, que me faça sentir o vento e a liberdade da minha condição.
na verdade, preciso de um roadster. algures de '70 ou '80, que são os melhores. um alfa, ou talvez um mg.
é isso que eu preciso.
alguém tem um alfa spider para venda?

(esta é para a malta da fossa)

1 comentário:

ATG disse...

Não tenho um alfa spider para venda, mas digo-te já que te dou 20 euros pelo teu porta-chaves (sim, o tal!).

Já agora, se os bancos de trás estão imaculados, o culpado és tu: se houvesse cowboyada lá atrás com algumas meninas relativamente dinâmicas, os bancos tinham uso! Pensa nisso.