terça-feira, fevereiro 17, 2009

pois...

queria escrever qualquer coisa, mas não tenho a certeza de quê.
não me sinto bem, mas também não me sinto mal.
é como aquela sensação estranha que nos aperta o peito: não sabemos de onde vem nem porque vem, mas está para ali.
de facto, acho que sei, mas será que sei?
s soubesse, saberia acerca do que estou a escrever e o facto é que escrevo sobre algo que não sei.
está complicado por estas bandas, mas talvez saiba porquê. se calhar, não quero é contar.
sei lá... na verdade, não é que isso importe, ou talvez sim.
sei que marquei férias e, como não poderia deixar de ser, marquei para uma altura em que, provavelmente, não as poderei gozar... hmmm, isto é capaz de ser um bocado estupido. e daí? cheia de coisas estupidas está o mundo cheio. desde que nos tragam prazer, qual é o problema?
acho que já sei. é o aperto no peito. ah, mas como eu gostava de pôr tudo cá para fora.
ou talvez não.
se calhar, é melhor ter algumas coisas só para nós.
estou a entrar em parafuso, mas aquela música não me sai da cabeça.
"na na na..." e mais qualquer coisa que não me lembro.
não interessa. está na minha cabeça. sempre é mais util lá que no leitor de cd.
e com isto me vou ficando.
estou amargurado sem sentir amargura e feliz sem sentir a felicidade. estou a modos que, tipo, no purgatório, se bem que não sei em o que isso seja.
é algo. estou em algo, acho.
e no fundo das minhas contradições, eu sei que existe uma lógica e um motivo para o estado do meu mundo.
só não descobri ainda, mas existe, ou não.mas é provavel que exista.
é a música, são as imagens, é o toque.
é aquilo que sinto sem sentir e que vejo sem olhar.
isto não é profundo. é apenas estupido, mas também ninguém é obrigado a manter um discurso inteligente. talvez seja, mas não aqui e não agora.
um dia, talvez. talvez logo à noite, talvez, talvez não.
nah, deixemos o discurso como está. é que já nem eu o percebo. boa... missão cumprida. afinal de contas, a melhor forma de não compreendermos os outros é não nos compreendermos a nós.
tenho que comprar bilhetes, ou então não compro. não interessa, o avião da minha sanidade já vai longe. a ver se apanho o próximo.
mas, então e logo à noite?
boa ideia. só gostava de saber porquê o aperto, mas não interessa. eu sei do que é, mas não digo. estou egoísta. hoje, é tudo meu, ou não, mas em príncipio é.
a ver vamos. já nem sei do que falo.
é que a ideia ilógica do inicio já não tem nada a ver com o discuros incoerente que já vai no fim.
no fundo, precisava de dizer algo, mas não disse.

1 comentário:

Brendon disse...

Também eu estou no purgatório. Também eu não percebo. Também eu anseio por apanhar o avião da minha sanidade. Por entre caminhos tortuosos, o destino, esse, será sempre o que fizermos dele. Não adianta. As coisas estúpidas serão sempre aquelas que nos farão rir.