quarta-feira, março 11, 2009

hoje estou para o pensativo...

pergunta: ainda temos dentro de nós a capacidade de amar?

resposta: não faço a mínima ideia.
olho em volta e vejo casais. esposos, namorados, amantes.
olho para eles e em volta de mim e vejo sorrisos, olhares, beijos, toques.
não sei é se consigo ver amor.
o que estou para aqui a dizer? será que realmente sei o que é o amor? então, mas será que alguém sabe?
não é suposto o amor ser algo que bate e fica a remoer para sempre, não é algo que nos faz querer estar com alguém, no bem e no mal, na justiça e na injustiça e bazófias do género?
eu não sei se vejo isso à minha volta. já olharam à vossa?
aquilo que eu vejo à minha volta, nessas pessoas, não creio que seja amor. não digo que seja amor. é muito provavel que seja paixão. sim, a paixão é aquela descarga de hormonas que nos faz uma pedra natural, que nos faz não pensar bem, não estar quietos por um momento.
sim, vejo muita paixão à minha volta.
é engraçado como não vejo amor.
vejo casais que se zangam por causa da roupa no chão. não resolvem os assuntos. separam-se.
vejo casais que se amam muito... no ínicio... falam de casar, filhos, um t3 e um monovolume... lguém se esquece de um aniversário. divorciam-se.
pelo que eu tenho visto, à minha e à vossa volta, é que as pessoas não se esforçam minimamente para fazer algo resultar. antigamente falava-se da "extra mile" e, contudo, aquilo que parece ser mais visto é "not even the first mile". ´
posso estar errado. é provavel. por favor, mostrem-me que estou errado, mas creio não estar.
aquilo que eu vejo é que não um esforço e, como tal, não posso, em consciência, afirmar que ainda exista amor nos dias que correm.
existe paixão. oh, existe muita paixão, muita líbido, existe muita atracção e loucura, o que é bom, é muito bom.
contudo, quando acaba essa loucura, essa paixão, e onde supostamente, iria surgir o amor, aquilo que vemos é um romper das partes, um fazer as malas e seguir para o porto seguinte.
"não era ele(a) o(a) tal" é que se ouve". então e se for? na realidade, nunca saberemos porque fomos tentar encontrar outra paixão enganado-nos a nós próprios a dizer é amor.

talvez seja isto que se passa. talvez seja só eu que precise de ir ao oftamologista!

digam vocês!!!

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