quinta-feira, março 12, 2009

perspectivas

acordei meia-hora antes do despertador... e bem-disposto, veja-se lá...
vesti o meu fato cinzento, aliás, cinzento como todos os meus fatos, mas com uma gravata bem laranja para mostrar a vitalidade que sinto hoje dentro de mim.
está a ser um bom dia. que posso dizer?
não apanhei trânsito, não vi uma única nuvem no céu e, bem antes de entrar para o trabalho, ainda me dei ao luxo de me sentar numa esplanada a ler o jornal.
a questão é que me sinto bem comigo próprio. apenas e só isso.
não posso dizer que, desde o momento em que me deitei até ao momento em que acordei, hoje, bem de manhã, os meus problemas se resolveram ou deixaram de existir.
não. esses continuam cá todos.
agora, o que deixou de existir, isso sim, foi embora, foram as frustrações a eles inerentes.
hoje, acordei com uma nova perspectiva da vida, com uma nova forma de estar, com uma cabeça mais limpa.
hoje, encontrei uma nova forma de lidar com as coisas e enfrentar as crises.
e devo admitir que, até ao momento, as coisas estão a funcionar.
e sabem porquê? é fácil. as contrariedades continuam cá todas, mas, valerá a pena viver em função delas? será que nos faz bem sofrermos a antecipação ou a saudade?
nós estamos, continuamente no presente e, estranhamente, nunca vivemos nele.
estamos sempre, ou com um olho no passado, como se lá tivessemos sido felizes, ou, então, a pensar no futuro, como se daí viesse a felicidade.
o chato é que nunca, mas nunca, temos os pés assentes no presente.
hoje, acordei com a ideia no presente, em degostar aquilo que me surge minuto a minuto, e está-me a saber muito bem.

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